quinta-feira, 21 de outubro de 2010

OS SUIÇOS E SUAS ARMAS

Uma velha anedota suíça reza que o príncipe alemão Wilhelm Hohenzollern certa vez, quando em visita a Suíça, foi convidado a assistir um dos inúmeros treinamentos militares a que os cidadãos desse país são submetidos. A um dado momento perguntou ao comandante do exercício: Quantos homens em armas você possue? Foi-lhe respondido: Um milhão. O príncipe, posteriormente Kaiser da Alemanha, então indagou: O que você faria se cinco milhões de meus soldados cruzassem sua fronteira amanhã? Ao que o comandante suíço replicou: Cada um de meus homens daria cinco tiros e iria para casa! No debate sobre o direito a posse e uso de armas, aqueles favoráveis apontam para a Suíça onde a quase todo adulto do sexo masculino é legalmente permitido a posse de armas de fogo. Uma das poucas nações com taxa per capita de armas mais alta do que os Estados Unidos, a Suíça praticamente não ostenta crimes com armas de fogo. Assim sendo, argumentam os que são a favor, o controle governamental de armas não é necessário. Contudo, os que são contrários , apontam a Suíça como uma das nações desenvolvidas que apresentam controle mais rigoroso sobre armas. Afirmam que todas as armas são registradas e que a compra de armas curtas requer inspeção prévia e uma licença. Crimes com armas de fogo realmente são inexistentes na Suíça, portanto, concluem, é necessário um rigoroso controle sobre as armas. Quem está certo? Como sempre os anti-armas estão errados, mas isso não torna o grupo favorável necessariamente certo. A posse de armas na Suíça desafia as simplificações e os chavões dos debates alhures. UM POUCO DE HISTÓRIA Tal como os EUA, a Suíça ganhou sua independência através de uma guerra revolucionária feita por cidadãos armados. Em 1291, alguns cantões iniciaram uma guerra de libertação nacional contra o império Habsburgo da Áustria. Na lenda, a revolução foi precipitada por Guilherme Tell, embora não hajam provas definitivas sobre sua real existência. Ao longo do século seguinte a milícia suíça libertou a maior parte do pais dos austríacos. Os cidadãos que constituíam a milícia usavam as mais poderosas armas daqueles tempos: espadas e flechas. Para a vitória suíça foi crucial a motivação das suas tropas de voluntários. Desde os primeiros anos da independência os suíços foram obrigados a portar armas. Depois de 1515, a Suíça adotou uma política de neutralidade armada. Pelos quatro séculos seguintes grandes impérios europeus surgiram e cairam, levando consigo muitos países mais fracos. A Rússia e a França chegaram a invadir seu território, e os Habsburgos, e posteriormente o Império Austro-Húngaro, foram uma constante ameaça. Mas a Suíça quase sempre manteve sua independência. A política suíça era "prevenção da guerra através da determinação em se defender". Durante a 1ª Guerra Mundial, tanto a França como a Alemanha consideraram a hipótese de invadir o território suíço para atacar o flanco do outro. Na 2ª Guerra Mundial, Hitler queria as reserva suíças de ouro e precisava de comunicação e trânsito livres pelo país para abastecer as forças do Eixo no Mediterrâneo. Porém, quando os estrategistas militares viram os cidadãos bem armados, a terra montanhosa e as fortificações civis de defesa, a Suíça deixou de ser um alvo atraente para invasões. Enquanto duas guerras mundiais devastavam cidades e países, a Suíça gozava de uma paz segura. Na Suíça, a Confederação Helvética evoluiu para um governo central fraco deixando muita autoridade nas mãos dos cantões ou níveis mais baixos de governo. A tradição de autonomia local ajudou a deixar a Suíça livre das violentas guerras civis entre católicos e protestantes que devastaram a Alemanha, França e Inglaterra. Em 1847/48 os liberais de toda Europa revoltaram-se contra os governos aristocráticos. Eles foram bem sucedidos apenas na Suíça, controlando a nação inteira após um breve conflito chamado de Guerra de Sonderbrund (as baixas foram apenas 128). Os direitos civis foram firmemente garantidos e todos os vestígios de feudalismo banidos. Apesar da esperança dos reformadores alemães, o povo suíço não mandou seus soldados para a Alemanha em 1848 a fim de apoiar a revolução popular. Após a derrota da revolução germânica, a aristocrática Prússia pensou em invadir a Suíça, porém concluiu que a tarefa era impossível. Como um historiador resume: "A Suíça foi criada em meio a batalhas, alcançou sua dimensão atual através de conquistas e, depois disso, defendeu sua existência através da neutralidade armada. A experiência da historia suíça fez a independência nacional e o poder realmente sinônimos de cidadãos armados". O EXÉRCITO DO POVO Atualmente, o serviço militar para os homens suíços é universal. Por volta dos 20 anos de idade, todo o cidadão passa por 118 dias consecutivos de treinamento no "Rekrutenschule." Esse treinamento pode ser o primeiro encontro de um jovem com seus compatriotas que falam diferentes línguas (a Suíça tem 4 línguas oficiais: o alemão, o francês, o italiano e o romanche). Antes mesmo do serviço militar obrigatório começar, rapazes e moças podem ter cursos opcionais com o fuzil de assalto Stgw. 90 (SIG 550) do exército suíço. Eles ficam de posse da arma por 3 meses e recebem 6 sessões de 6 horas de treinamento. Dos 21 aos 32 anos de idade, o cidadão suíço constitue a linha de frente do exército, o "Auszug", e dispende 3 semanas do ano (em 8 dos 12 anos) para continuar o treinamento. Dos 33 aos 42 anos, ele serve no "Landwehr" (que é a Guarda Nacional); a cada poucos anos, ele se apresenta para treinamento de 2 semanas. Finalmente, dos 43 aos 50 anos, ele serve na "Landsturm"; neste período, ele só passa um total de 13 dias em cursos militares . Durante a carreira de soldado, o cidadão também passa por dias de inspeção obrigatória de equipamentos e pratica de tiro ao alvo. Assim, em uma carreira militar obrigatória de 30 anos, o suíço gasta apenas 1 ano no serviço militar direto. Após a baixa do exército regular os homens ficam na reserva até a idade de 50 anos (55 para oficiais). Pela Constituição Federal de 1847, aos membros do serviço militar são dados equipamentos, armas e roupas. Depois do 1º período de treinamento os recrutas devem guardar as armas, a munição e os equipamentos "am ihrem Woh nort" (em suas casas) até o termino do serviço. Hoje em dia aos alistados são distribuídos fuzis automaticos Stgw.90 e, aos oficiais, pistolas. A cada reservista são entregues 24 cartuchos de munição em embrulhos selados para o uso em emergências. (Ao contrario do que dizem os anti-armas, está munição de emergência é a única pela qual o reservista tem de prestar contas). AS ARMAS DO POVO Depois da dispensa militar, ao ex-reservista é dado um fuzil de repetição sem registro ou outras obrigações. A partir de 1994, o governo passou a dar fuzis automáticos aos ex-reservistas também. Os oficiais também recebem suas pistolas ao final do serviço. Quando o exército adota um novo fuzil de infantaria, os velhos são vendidos a população a preços subsidiados. Os reservistas são encorajados a comprar munição militar (7,5 e 5,6mm - 5,56mm nos outros paises - para fuzis, e 9mm e 7,65mm Luger para pistolas) que é vendida a preço de custo pelo governo objetivando a prática do tiro ao alvo. A munição não-militar para armas longas e a munição .22 LR não são subsidiadas, porém não possuem qualquer controle de vendas. As munições não-militares para armas curtas mais poderosas do que o .22LR (como a .38 Spl) são registrada no momento da venda. A munição militar suíça deve ser registrada se comprada em loja particular, mas não precisa de registro se for adquirida num estande militar. Os 3000 estandes oficiais de tiro da Suíça vendem a maioria absoluta de toda munição. Tecnicamente, a munição comprada no estande deve ser consumida no local, mas a lei é muito pouco conhecida e quase nunca observada. O exército vende regularmente uma variedade de metralhadoras, submetralhadoras, armas anti-tanques, canhões antiaéreos, morteiros e canhões. Os compradores dessas armas precisam obter uma licença cantonal, o que é feito facilmente, e as armas precisam ser registradas. Em uma nação de 6 milhões de pessoas, existem pelo menos 2 milhões de armas, incluindo 600.000 fuzis totalmente automáticos, 500.000 pistolas e numerosas metralhadoras. Praticamente em todo lar há uma arma. Além das armas militares subsidiadas, o suíço também pode comprar outras armas facilmente. Enquanto as armas longas não precisam de procedimentos especiais de compra, as armas curtas são vendidas somente para aqueles com um waffener werbsschein (certificado de compra) emitido por uma autoridade do cantão. O certificado é emitido sem problemas para todo requerente maior de 18 anos que não seja criminoso ou deficiente mental. Não existem restrições para o transporte de armas longas. Cerca da metade dos cantões tem rígidos procedimentos para a concessão do porte de armas curtas, e a outra metade simplesmente não tem regulamento algum. Não há diferença perceptível na taxa de criminalidade entre os cantões como conseqüência das diferentes políticas de porte de arma. Graças a uma ação movida por grupos suíços pró-armas, fuzis semi-automáticos não necessitam de permissão de compra e não são registrados pelo governo. Assim, as únicas armas longas registradas são as totalmente automáticas (metralhadoras)(três cantões exigem que os colecionadores que possuam mais de 10 armas automáticas sejam registrados). As vendas de armas de uma pessoa para outra são controladas em 5 cantões e completamente livres em todo o resto. Comerciantes de armas no varejo devem manter registro de suas vendas, mas as transações não são apresentadas ou cobradas pelo governo. Na Suíça, as vendas de armas longas e de carabinas de pequeno calibre não são nem mesmo lembradas pelos negociantes. MOBILIZAÇÃO Se algum dia uma nação teve uma milícia bem preparada, este pais é a Suíça. O economista do século XIX, Adam Smith, achava que a Suíça era o único lugar onde todas as pessoas haviam sido treinadas com sucesso em tarefas militares. Na realidade, a milícia é virtualmente sinônimo de nação. "O suíço não tem um exército: eles são o exército", diz uma publicação do governo. Completamente mobilizado, o exército suíço apresenta 15,2 homens por quilometro quadrado; em contraste, os EUA e a Rússia tem apenas 0,2 soldados por Km2. A Suíça é 76 vezes mais densa em soldados do qualquer outra super potência. Realmente, somente Israel tem mais exército por Km2. A Suíça é também a única nação do ocidente que tem abrigos completamente fornidos de comida e suprimentos para um ano para todos os seus cidadãos em caso de guerra. Os bancos e os supermercados subsidiam em muito esta estocagem. Os bancos também tem planos para deslocar seu ouro para o centro montanhoso da Suíça no caso de invasão. A nação está pronta para se mobilizar rapidamente. Disse um soldado suíço: "se nós começarmos pela manhã, estaremos mobilizados pelo final da tarde. Isso porque a arma está em casa, a munição está em casa. Todos os jovens tem metralhadoras. Eles estão prontos para lutar". Os cidadãos-soldados, em seu caminho para os pontos de mobilização, podem fazer parar os automóveis que estiverem passando e ordenar seu transporte. DEMOCRACIA Desde 1291, quando as assembléias se reuniam em círculos nas praças das vilas, e somente os homens portando espadas podiam votar, as armas tem sido a marca da cidadania suíça. Como um porta voz do Departamento Militar disse," é uma velha tradição suíça que somente um homem armado tem direitos políticos". Essa política é baseada no entendimento de que somente àqueles que assumem a obrigação de manter o pais livre é permitido gozar completamente dos benefícios da liberdade. Em 1977, o movimento INICIATIVA MUNCHENSTEIN propôs permitir aos cidadãos a escolha do trabalho social, ou em hospitais, como alternativa ao serviço militar. A proposição foi rejeitada nas urnas e nas 2 casas do parlamento (o "Bundesversammlung's Nationalrat" e o "Standerat"). Existe previsão legal para objetores de consciência, mas esse grupo é de apenas 0,2% dos convocados. RELACIONAMENTO COM OS VIZINHOS Em 1978, a Suíça recusou-se a ratificar uma decisão do Conselho da Europa sobre controle de armas de fogo. Desde então, a Suíça tem sofrido pressões por parte dos outros governos europeus, que a acusam de ser uma fonte de armas para terroristas. Como resultado, em 1982, o governo central propôs uma lei proibindo estrangeiros de comprar na Suíça armas que eles não poderiam comprar em seus próprios países, e também exigindo que os cidadãos suíços obtivessem uma licença para a compra de qualquer arma, não apenas para as armas curtas. Os ultrajados usuários de armas suíças formaram, então, um grupo chamado Pro Tell em homenagem do herói nacional Guilherme Tell. Em 1983, o Conselho Federal (o gabinete executivo) abandonou a proposta cerceadora porque a oposição era muitoforte, e sugeriu que os cantões regulassem cada um a sua maneira, a questão. Alguns meses antes, o parlamento do cantão de Friburgo já tinha aprovado tal lei com um único voto de vantagem. Um plebiscito popular anulou a lei no ano seguinte, com 60% dos votos. CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS Qualquer que seja o efeito das armas fora da Suíça, eles nem mesmo apresentam os pequenos crimes triviais em qualquer outro pais. Mesmo com todas as armas, a taxa de assassinatos é uma mera fração da americana sendo também menor do que a do Canadá e da Inglaterra (que controla severamente as arma), ou até mesmo do Japão, que praticamente as proíbe. A taxa de crimes com armas de fogo é tão baixa que não há nem mesmo registro estatístico. A taxa de suicídios, entretanto, é quase o dobro da americana. As armas são usadas em cerca de 1/5 de todo os suicídios na Suíça, comparados aos 3/5 nos EUA e ao 1/3 dos suicídios canadenses. Não é o verniz cultural suíço, ou suas leis sobre armas, que explicam essa taxa de crimes. Na verdade é a ênfase na atuação comunitária (onde a posse de uma arma é uma parcela de peso) que explica o baixo índice de criminalidade. No livro Cidades com poucos Crimes (CITIES WITH LITTLE CRIME), o autor Marshall Clinard compara a baixa taxa de crimes na Suíça com a mais alta incidência na Suécia, pais onde o controle de armas é mais severo. Esta comparação é mais surpreendente tendo em vista a densidade populacional mais baixa e a homogeneidade étnica da Suécia. Uma das razões para tão pouca criminalidade, diz Clenard, é que as cidades suíças cresceram relativamente devagar. Muitas famílias vivem por gerações no mesmo lugar. Portanto, grandes cidades heterogêneas com enclaves de favelas nunca surgiram. Orgulhosa por ter o governo central mais fraco do ocidente, a Suíça é governada principalmente pelos seus 3. 095 "Einwohrnergemeinde" (comunas, sub-estados de um cantão). Poucos cantões ainda fazem suas leis pelo tradicional sistema "Labdsgemei", quando todos eleitores qualificados reúnem-se anualmente ao ar livre. Diferente da polícia do resto da Europa, a polícia suíça é descentralizada. Juizes e jurados são eleitos pelo povo. Com menos mobilidade e laços comunitários profundamente desenvolvidos, é natural que existam poucos crimes. A maioria das nações democráticas impõe longos períodos de prisão aos criminosos, mas não a Suíça. Para todos os crimes, exceto assassinatos, o suíço raramente fica mais que um ano na prisão; mesmo sérios delinqüentes tem suas sentenças comutadas. Como no Japão, o foco do sistema está na reintegração do transgressor à sociedade, muito mais que na sua punição. Para os suíços não criminosos, dito é que cada um é seu próprio policial. Visitantes estrangeiros ficam surpresos ao ver os pedestres sempre esperando nos sinais de trânsito mesmo quando não há tráfego. O sistema de transporte público funciona, com sucesso, na base do pagamento voluntário. Clinard deduz que os fortes governos centrais enfraquecem a iniciativa dos cidadãos e a responsabilidade individual. As comunidades, ou Cidades, que desejam se precaver do crime e da violência devem encorajar uma descentralização política maior através do desenvolvimento de pequenas unidades governamentais e do encorajamento da responsabilidade do povo para com a obediência às leis e ao controle da delinqüência. No livro NAÇÕES NÃO POSSUÍDAS PELO CRIME, Fred Adler chega as mesmas Conclusões de Clenard. Ela também receita o sistema de governo comunal no qual as leis são decretadas através do voto popular e a estabilidade residencial. A maioria dos suíços ainda vive em famílias patriarcais tradicionais . De fato, a Suíça tem a mais baixa porcentagem de mães trabalhando em relação a qualquer país europeu. Enquanto no resto do mundo as mulheres estavam lutando por igualdade de direitos, os suíços ainda estavam decidindo se as mulheres poderiam ou não votar (a longa demora na aprovação do sufrágio feminino deve ter algo a ver com a questão dos direitos civis e o serviço militar). As escolas são severas e os adolescentes têm menos liberdade do que na maior parte da Europa. Os estudos mostram que os adolescentes suíços, diferentemente daqueles nos outros países, sentem-se mais próximos de seus pais do que de seus amigos. A comunicação entre as gerações é muito fácil. Entre os fatores que contribuem para a harmonia entre gerações está o serviço militar, que oferece uma oportunidade para todos os grupos masculinos interagirem entre si. Adultos e jovens compartilham muitos esportes, como o esqui e a natação. O tiro ao alvo é outra importante atividade comunal, com prêmios e troféus muitas vezes exibidos em restaurantes e tabernas. Todo ano celebra-se o fim de semana "Feldschiessen", quando mais de 200 mil suíços participam das competições nacionais de tiro ao alvo e são consumidos cerca de 5 milhões de cartuchos. Em Casa, escreve Jonh Mcphee, enquanto o pai limpa o fuzil na mesa da cozinha, seu filho está a observá-lo e a criança , assim, fica familiarizada com a arma. Marshall Clinard explica que, por causa das armas do exército serem guardadas em casa . . . muitas atividades associadas ao cuidado no manejo de armas, prática de tiro ao alvo, ou conversas sobre atividades militares, tornam-se comuns nas famílias. Tudo isso, juntamente com várias outras atividades levadas a cabo na Suíça envolvendo diversas faixas etárias, têm servido para inibir a separação de gerações, alienação, e o crescimento de uma cultura jovem à parte, que tem se tornado, de maneira crescente, uma característica de muitos outros países desenvolvidos,. Embora estes fatores representam somente uma parte do jeito suíço de ser, eles são uma parcela de peso para a baixa taxa de criminalidade e a propensão ao crime. CONCLUSÕES Uma análise da legislação de armas suíça mostra como é frágil a argumentação dos anti-armas de que elas são por si só maléficas (o mal materializado). Mostra, também, que o raciocínio simplista "mais armas significam mais crime", tão a gosto de nossos políticos, não é válido. O oposto também não é verdadeiro. - Será que se o exército começasse a vender canhões e metralhadoras a preços subsidiados ao povo haveria um declínio da criminalidade em nosso país? Certamente não nos primeiros trinta anos. A Suíça nos mostra apenas que não há relação entre criminalidade e a presença de armas na sociedade. Mostra que mais importante que o número de armas é seu contexto cultural. Na Suíça, as armas são um importante elemento de coesão de uma estrutura social que apresenta baixa taxa de criminalidade. Nota-se, claramente que, o controle dos indivíduos é mais eficiente e mais importante que o controle do Estado. Para nós, entusiastas de armaria, o sistema suíço parece ser o paraíso. Mas é preciso observar a sociedade como um todo. Na Suíça, ter uma arma em casa não é uma questão de opção individual. É uma obrigação imposta pelo governo e uma exigência da sociedade. Em que outro pais uma imposição deste tipo seria aceita pelos cidadãos? O que o mundo tem a aprender com a Suíça é que a melhor maneira de se reduzir o mau uso das armas é promover o seu uso com responsabilidade. FIM Traduzido e adaptado da revista American Rifleman de fevereiro de 1990 por autorização da National Rifle Association dos EUA. O SOLDATENBUSCH(Livro do soldado) Cada cidadão que entra para o exército suíço recebe um exemplar do Soldatenbusch. Lá estão os rudimentos das táticas e técnicas militares, instruções sobre como se proteger das guerras nuclear, química e bacteriológica, assim como técnicas de ocultamento e construção de abrigos. Mas o Soldatenbusch não é apenas um manual militar. Trata-se de algo mais profundo que podemos definir como um "Manual do Cidadão". Lá, ao lado de uma sinopse da história do país, o soldado encontrará capítulos mostrando a importância da democracia, a importância da participação do soldado nos plebiscitos comunais, e a importância de sua arma na defesa desses valores. Folheando o Soldatenbusch percebe-se que os princípios democráticos estão firmemente arraigados na população. Num país onde o povo é armado não pode haver outra forma de governo que não seja democrático. Entende-se porque as instituições funcionam e porque existe respeito entre os cidadãos. A outra opção é o banho de sangue.
Ref. http://www.armaria.com.br/suicos.htm

domingo, 17 de outubro de 2010

O que é ser popular¿

Governo de merda, mas, porém nosso! (Salvador Allende) Parece uma palavra de guerra do socialismo chileno, o governo Allende que foi deposto em 1973 por ser um governo popular a partir do conhecimento tradicional do povo chileno. O que podemos pensar no Brasil como semelhante ao chileno, tem essa coisa de reclamar de tudo podemos até dizer que uma cultura da pobreza. Essa cultura da pobreza é algo com muita criatividade e valores sem igual que fazem sobreviver de maneiras diferentes comunidades inteiras em diversas localidades brasileiras. Podemos dizer então que temos uma cultura dos brasileiros¿ Essa é a questão você tem cultura¿ Qual é a cultura que você tem¿ É a mesma de seus pais¿ o que tem de comum com as culturas de outros países como o Chile, Bolívia entre outros países¿ Se existe crítica é por ter um motivo, o que podemos fazer com essa crítica que pode ser apenas um desabafo. As questões políticas são complicadas e muito dinâmicas por isso necessita de debate, relações e convívio. Pretendo contribuir com o debate, não dar uma resposta aos problemas. Um existencialismo do partido, poder, governo e um abandono de qualquer propósito de um existencialismo dos trabalhadores. Aquela idéia de macro e abandono do micro. A preocupação leva-nos a fazer uma ação a partir dessas idéias que surgem das nossas percepções sobre a realidade em que vivemos e desejamos mudar. E devemos lutar para que possamos fazer a coisa certa, mesmo que mexa com algumas questões imediatas, se deve pensar a longo prazo e não ficar como se fosse cão de guarda para latir a qualquer avanço de um partido corrente, projeto, coletivo. Mais que pensar a longo prazo, agir a longo prazo é planejar as ações anuais, quem não planeja fica no improviso, determinismo que acaba criando uma idéia linear como se a história fosse evolucionista. Se a história é processo e precisamos viver cada momento fazendo a história e só iremos realmente fazer a história fazendo as tarefas que são exigidas. Esses partidos brasileiros representam os trabalhadores do Brasil, nos realmente somos a favor de mudanças mais profundas ou queremos apenas ocupar o espaço da elite¿ Quero pensar que podemos avançar em um campo de esquerda e fazer convencer aqueles que estão e vem para o Partido. Fazer parte de um Coletivo do Partido, iniciar diálogos com a preocupação com a base e ação direta, mais participação e formação entre outras coisas problemas do centralismo e burocratismo. O que posso dizer é um espaço de dialogo com uma concepção marxista a partir de uma dialética de analise a partir de fatos a ação e reflexão que leva-nos a planificar coletivamente o partido.

A mais de 37 anos atrás é deposto Salvador Allende

A mais de 37 anos atrás é deposto Salvador Allende, a necessidade dos capitalistas e as elites nacionais em por fim qualquer alternativa a que venham defrontar com os interesses, por outro lado o fim em 1973 desse governo assim como no Brasil em 1964 e em outros países ameríndios ou latinos americanos. A luta pela libertação continua sendo uma máxima que perdurará por algum tempo e devemos vencer as elites com uma sociedade justa e com maior equidade social. Infelizmente estamos a lamentar pelo fim de uma história que não tem como voltar no tempo, mas podemos reconstruir cada iniciativa em garantir os interesses populares a partir dos saberes dos mesmos sobre si e o mundo em que vivem.
Tradução do espanhol para português Por Vidaurrázaga Ignacio * Elclarin.cl - sexta-feira, 9 de setembro de 2005 (Vidaurrázaga Gaston 1956-1986) É 10 de setembro de 1973, Allende deve colocar condições de estresse máximo político experiente. O relógio da história rapidamente. Se houvesse rompe com o esperado, será processada muito rapidamente. O tempo é longo e esse tempo já pertencem à história. Ele não é ingênuo sobre a sua importância como um líder em um tempo e de projeto. Portanto assumido, e com razão, que colocam suas vidas e liberdade para o golpe significaria a humilhação da sua dignidade, bem como de nenhuma forma de garantir a sua integridade ou a de suas famílias, como seria mostrado. Hoje é um dia com várias reuniões tensas e consultas. Muitos telefonemas foram cruzados em diferentes direções. Alguns planejamento do assalto, outro com a impotência de saber que viria e que todas as tentativas seriam em vão. Allende, sabe que ele tem de decidir questões de importância vital, vários relatórios indicam que no seio das forças armadas e da polícia estão vinculados movimentos golpistas. O que fazer? Pense Balmaceda, rodeado por uma oligarquia não deixá-lo prosseguir. Além disso, lembre-se que a frase como a sua ligação ao sair de La Moneda. Quem vai ser fiel e quem não está no presente, na hora final? O que vai acontecer a todos aqueles que acreditaram nele? Como o Chile diminuir direitos e justiça social? Quanto tempo deve decorrer de um projeto que efetivamente representa a grande maioria? Será possível no futuro? 32 anos atrás Os 11 original foi um dia cinzento. Uma ponta de foguetes e balas mudança Chile. Hoje, depois de 32 anos, marca de grande penalidade, mesmo que a data do incêndio. A memória é por vezes lento e contraditório, mas sempre, imperceptivelmente borbulhar. Hoje Allende teria 97 anos. É difícil imaginar um avô inúteis, liderados por outros. Gerações que nunca o conheceram pessoalmente, aprender com os registros que permanecem, arrastando o S ouvi-lo na medida em que "colegas". El Salvador Allende, de Patricio Guzmán, o reajuste para essas semanas, com a força gigantesca e mito na memória popular. O seu nome entoado por milhares de todos estes anos. Também realizada na incansável imaginar o que ele faria e não "hoje parceiro Allende no Chile. Os trabalhadores de ontem e hoje vivem pessoas sobreendividadas, olhando paus, sonho de melhores expectativas, as organizações são fracos, eles adormecem exaustos em ônibus e às vezes se comunicam por celular. Tudo agora é privado. Chile lado, o mundo muda. Enquanto isso, Allende lembrando ecos do passado para contar com força e sempre, sempre, a política que serve as aldeias é um sonho coletivo ... e quando é real. Tomas Moro em La Moneda É 11 de setembro, 1973. Tudo começa em sua cabeça, enquanto a alta velocidade através Yánez Eliodoro uma comitiva de 125 Ladas azul, os veículos podem ser demasiado modesto para um agente. Há uma falsa normalidade nas ruas de Santiago que ele vai ver a partir os vidros fumados de seu carro high-backed. Esta rota será a última na sua qualidade de presidente. Um penetra sentimento estranho, acho que de todas as saudades que tinha feito. Tendo trabalhado tão duro para deixar seu escritório quebrado. Começou a sair. Transeuntes apenas reparado, eles estão vendo acontecer a um homem que vai para a história. Parece que a cochilar por trás de sua grossos óculos de aros de tartaruga, bigode grisalho e olhos escuros míope. Todas as lembranças estão lotados. Estes passeios prorrogado, todas essas casas humildes em que eles receberam como se fosse o presidente, 58 e 64, as fotos integrado álbuns de família, às vezes mais de um ano mostram mais tarde. Um cavalo ea pé, de comboio ou o que quer, quando me deparo com a geografia falando sobre justiça social e as transformações que o Chile continua pobre e agrária, para o Chile de injustiça, que voltou a sonhar com o seu trabalho caudilho. A história, o grande livro que é o lar de bandidos e heróis, e vai reservar páginas significativas. Primeira experiência, apenas o Chile, a liderança entre o cobre não-alinhados e de 40 medidas, o socialismo eo vermelho tortas com sabor, o movimento cultural em torno do "processo", como ele disse arrastando a esses, desde que o discurso terrível cultivada em muitas campanhas com o X-expire além distribuídos entre Chile. Uma longa noite Ele tem dormido pouco, não importa, agora é hora de descansar. assessores próximos se reunirá na casa de Thomas More. Salvador Allende avaliar a situação em um círculo de confiança comprovada. A notícia começou a se sentir desconfortável. Hoje, quando às 21:00 h, o prefeito de Linares relatório da movimentação de tropas de Linares, enquanto o esquadrão irá navegar de Valparaiso como parte da Operação Unitas. Será que todos não passam de ilusões? Lies "bem construído, as operações de inteligência, parte de um plano friamente calculado? Call generais e almirantes responsáveis e tudo está normal ou então seria normal neste dia? membros do GAP será postado, guardará esta noite. O Tencha voltou do México e teve uma breve reunião de família com todas as suas filhas Será o último? Pinochet não está localizado esta manhã, mas esta manhã ao mesmo tempo, enquanto você lê estas linhas, o presidente lhe garantiu que tudo estava absolutamente normal, assim como os outros. Allende cresceu com Quando, em 1964, olhou intrigado os actuais enorme e mágica, que deixou um apelido: Allende e também: Venceremos e votação. FRAP foram tempos na pré-história da UP. Quando os murais foram o resultado de um compromisso e não pagar uma pichação na parede do metrô. Quando as campanhas de, pelo menos, eram muito pobres, e teve de porta em porta, sem medo de altas concentrações. E não é tímida jovem contratado nas esquinas, ou dobradiças cartaz cheio de espaços. E as 40 medidas foram o resumo do programa para cada medida foi pintado na Escola Experimental de Arte de La Reina. Como podemos esquecer, quando Allende escandalizou a presidência do Senado, acompanhado do norte do Chile para os sobreviventes do companheiro de Che, só caiu na Bolívia, e depois viajar com eles para Cuba. Ou vê-lo chegando na Mercedes Benz do Senado cinza, o assento de San Martin Rua PS. Com sua jaqueta espanhol, costas retas e sua posição vertical no peito, enquanto acenou com o chapéu para a juventude do companheiro, que já olhou com respeito ... e uma distância crítica na sala ... lembre-se do velho Arauco assentos vermelhos a acenar-atirador do companheiro, com o lisp distintivo. O 11 foi o dia Chegue cedo para La Moneda. Com um dos seus guarda-costas AKA confirmou que o revólver 47 é no tanque do palácio presidencial. Na chegada, os tanques de polícia cercam o palácio e hastearam a bandeira do Chile com o brasão, emblema presidencial horas depois, queimar, queimar o Chile, a partir daquele dia. A notícia será confirmada. Este 11 de setembro será o dia final. Marchas soou em uma cadeia de emissoras de rádio. O golpe militar começou a substituição de chefes militares leais. Prepare-se para a história. mensagens de rádio Magalhães será improvisado, Quieto, visionário contra o holocausto está por vir. Mensagens repetidas 32 anos depois, ainda recordo o trabalho de uma sociedade mais justa Chile. Comece a ordens militares. A rendição incondicional. Parece que não sabem que estão lidando com essas porra caras do exército. Há permanecer leal a seus amigos e cantar logo, Silvio Rodríguez. Médicos, lacunas e jornalistas. Além disso, alguns detetives e algumas mulheres. Aviões H. H. adquiridos para a defesa do Chile, bombardearam o palácio presidencial, enquanto que na terra são mobilizadas forças blindadas ea infantaria, Valparaiso serão tomadas. Os foguetes recolhido e queimado no interior do edifício projectado Toesca. Imagem vai viajar pelo mundo, começou a batalha desigual. Miguel Enríquez tentando se comunicar: você tem que ter o presidente. Tudo é tarde. Nos bairros, vilas e interior homens e mulheres, conter sua raiva, grito de impotência, enquanto outros preparam impossível resistir. Este processo, que surpreendeu o mundo termina aqui. Hora de início que não foi escrito. Ficção não é possível descrever o terror por vir. alterações fundamental na sociedade chilena será imposta a sangue e fogo. Os direitos dos trabalhadores, o sonho de um povo afogado em balas, medo e tortura. Allende é tranquila, disparando de La Moneda e alhures. início de incêndios. Renúncia não abre, ele terá de entrar na história. Sua morte será o legado deste projeto, que certamente não medir as forças e as suas inter-relações, mas a longa marcha será um passo significativo para mais. O tempo é curto. Salvador Allende foi drenado e, finalmente, apenas para ficar em uma história de vida da ala sul. Amanhã, 65 anos, usando capacete e uma arma tirou sua vida. História espera seu gesto não tinha escolha. Não saia com as mãos para ser pisoteada no rosto na rua Morande. Ou ameaçado por um tanque. Não procuram garantias, porque acreditam em suas palavras e disse uma vez que a presidente do Chile ... não dar merda. Culminando meses de espera, dos quartéis, em preparações ingênuo. O tanquetazo de 29 era apenas um julgamento provisório. Esse desfile em setembro passado 4 na frente do palco ao lado de La Moneda, é a despedida para o pai, olhando com ternura e preocupação na cidade de milhares de pessoas, exigindo a ser popular quando ele já estava presente. Naqueles rostos que são a certeza de ser perseguidos, torturados e executados. As mulheres que, em seguida, desaparecer para sempre. Naquele dia, a Praça da Constituição, as ruas são o cenário da época passada. Porque o custo de encontrar de novo como um povo, com certeza ... custo. Então, tudo está em silêncio. Apenas o silêncio. Começar outro dia amanhã. Milhares de pessoas vão morrer, outros vivem escondidos, enquanto muitos partem para o exílio. Um pouco mais mil serão presos, torturados e maltratados, milhões de pessoas vivem com medo. Outros detidos torcer e, eventualmente, liberado para verificar o que você não iria ver ou ouvir. Porque depois de anos será muito difícil justificar tal terror. Soldados e bombeiros retirar a porta do Morande 80, em uma maca militar continua a ser a presidente do Chile. Ira andinos cobertos com um manto, para ser enterrado sem nome a Viña del Mar. Depois de sua figura emergir lentamente. Desde os seus sucessos e percepções de seu homem erros dignos, a partir do cotidiano do homem comum, da ingenuidade do Chile, onde os soldados poderiam respeito do projeto de um povo, ele acreditava que tinha a força para superar todos os mecanismos para detê-lo. Em muitas casas, acendem velas amanhã, com o cuidado que não são da rua. Um homem vai morrer amanhã. Seja o primeiro de muitos homens e mulheres. 32 anos atrás veio à mente. Há 32 anos espera-se que a verdade ea justiça. Há 32 anos que este projecto pretende voltar a estar presentes nas novas condições. É 11 de setembro, 1973. É 11 de setembro de 2005. Por Ignacio Vidaurrázaga* Elclarin.cl - viernes, 09 de septiembre de 2005 (a Gastón Vidaurrázaga 1956-1986) Es 10 de septiembre de 1973, Allende deberá poner en tensión máxima sus condiciones de político avezado. El reloj de la historia marcha acelerado. Si hubo quiebres con lo que esperaba, los tendrá que procesar muy rápidamente. El tiempo termino y estas horas ya pertenecen a la historia. No es ingenuo respecto a su significación como líder de una época y proyecto. Por ello, supone, y con razón, que exponer su vida y libertad a los golpistas podría significar vejámenes a su dignidad, además de no asegurar de manera alguna su integridad, ni la de los suyos como quedaría demostrado. Hoy, será un día tenso con múltiples reuniones y consultas. Muchos llamados telefónicos se cruzaran en distintas direcciones. Unos planeando el asalto, otros con la impotencia de saber que vendría y que todos los intentos serían en vano. Allende, sabe que debe decidir cuestiones trascendentales, diversos informes indican que al interior de las FFAA y carabineros hay consolidados movimientos golpistas. ¿Qué hacer? Piensa en Balmaceda, rodeado por una oligarquía que no lo dejaría proseguir. También, recuerda esa frase suya respecto a como saldría de La Moneda.¿Quiénes serán leales y quienes no, en esta, la hora última? ¿Qué sucederá con todos quienes creyeron en él? ¿ Cuánto retrocederá Chile en derechos y justicia social? ¿Qué tiempo deberá transcurrir para un proyecto que represente efectivamente a las grandes mayorías? ¿Tendrá posibilidad en el futuro? Hace 32 años El 11 original, fue un día gris. A punta de rockets y balas cambio Chile. Hoy, transcurridos 32 años, aún pena esa fecha como marca a fuego. La memoria a veces es lenta y contradictoria, pero siempre, borbotea imperceptiblemente. Hoy Allende tendría 97 años. Resulta difícil imaginarlo como abuelo inútil, llevado por otros. Las generaciones que no lo conocieron personalmente, lo aprenden desde los registros que han quedado, lo escuchan arrastrando las eses en ese “compañeros”. El Salvador Allende de Patricio Guzmán, lo repondrá por estas semanas con fuerza como mito gigantesco en la memoria popular. Su apellido coreado por miles todos estos años. También, disputado en el incansable imaginar, sobre lo que haría y no “el compañero Allende” en el Chile de hoy. Los trabajadores de ayer, hoy viven sobre-endeudados, buscan pega, sueñan con mejores expectativas, tienen débiles organizaciones, se duermen rendidos en las micros y a veces se comunican por celulares. Todo es más privado ahora. Chile cambio, el mundo cambio. Mientras, Allende resuena desde el pasado recordando confiar en las propias fuerzas y que siempre-siempre la política que sirve a los pueblos es un sueño despierto y colectivo...cuando es de verdad. De Tomas Moro a La Moneda Es 11 de septiembre de 1973. Todo se cruza en su cabeza mientras atraviesa a gran velocidad Eliodoro Yánez en una comitiva de Ladas 125 azules, vehículos quizás demasiado modestos para un mandatario. Hay una falsa normalidad en las calles de Santiago que él verá desde los vidrios polarizados, de su vehículo de respaldos altos. Este trayecto será el último en su condición de presidente. Una extraña sensación lo invade, piensa con nostalgia en todo lo que tenía por hacer. Haber trabajado tanto para dejar su mandato interrumpido. Ha comenzado a despedirse. Los transeúntes apenas reparan, que están viendo pasar a un hombre que se desplaza a la historia. Parece dormitar tras sus gruesos lentes de carey oscuro, su bigote cano y sus ojos de miope. Todos los recuerdos se agolpan. Esas extensas giras, todas esas humildes casas donde lo recibieron como si ya fuera presidente el 58 y el 64, esas fotos integradas a los álbumes familiares, que a veces más de alguien mostraría años más tarde. A lomo de caballo y caminando, en tren o en lo que fuera, cuando llego a toda la geografía hablando de justicia social y de transformaciones a ese Chile pobre y aún agrario, a ese Chile de injusticias, que volvió a soñar de su mano de caudillo. La historia, ese libro grandote que acoge a bandidos y a héroes, ya le reserva significativas páginas. Primera experiencia, Chile único, el liderazgo entre los no alineados, el cobre y las 40 medidas, el socialismo con sabor a tinto y empanadas, el movimiento cultural en torno al “proceso”, como dirá arrastrando las eses, desde esa tremenda oratoria cultivada en tantas campañas con la X de allende-vencerá rayada a lo largo de Chile. Una larga madrugada Ha dormido poco, no importa, ya llegara el tiempo para descansar. Colaboradores cercanos se reunirán en la casa de Tomás Moro. Salvador Allende evaluara la situación en un circulo de probadas confianzas. Las noticias comenzaran a intranquilizarlo. Hoy, cuando sean las 21:00 p.m., el intendente de Linares informara de movimientos de tropas desde Linares, mientras la Escuadra habrá zarpado desde Valparaíso en el marco de la Operación Unitas. ¿Todos serán espejismos? ¿Mentiras bien urdidas, maniobras de inteligencia, parte de un plan fríamente calculado? Llama a los generales y almirantes responsables y todo esta normal ¿O así, será la normalidad de este día? Los miembros del GAP estarán acuartelados, habrá guardias esta noche. La Tencha ha retornado de México y ha tenido un breve encuentro familiar con todas sus hijas ¿Será el último? Pinochet no está ubicable esta madrugada, pero temprano esta mañana, como a la misma hora que usted leerá estas líneas, le aseguró al presidente que todo estaba absolutamente normal, lo mismo dirán los otros. Crecimos con Allende Cuando intrigados en 1964 mirábamos esas exis gigantescas y mágicas, de la cual salía un apellido: Allende y además un: Venceremos y el Vote. Eran los tiempos del FRAP en la prehistoria de la UP. Cuando los murales eran resultado del compromiso y no se pagaban a metro de muralla pintada. Cuando las campañas- esas al menos- eran con muy escasos recursos, y había puerta a puerta, sin temor a las grandes concentraciones. Y nadie contrataba jóvenes desganados en las esquinas, ni llenaba plazas de carteles-bisagras. Y las 40 medidas eran el resumen del programa para todos y cada medida se pintaba en la Escuela Experimental Artística de La Reina. Como no recordar, cuando Allende escandalizo al Senado que presidía, acompañando desde el norte chileno a los compañeros sobrevivientes del Che, recién caído en Bolivia, para luego viajar con ellos a Cuba. O verlo llegar en el mercedes benz gris del Senado, a la sede del PS de calle San Martín. Con su chaqueta castellana, la espalda recta y el pecho enhiesto, mientras saludaba con el sombrero a los compañeros de la juventud, que ya lo miraban con respeto... y una distancia crítica...recordarlo en la sala Arauco de viejas butacas rojas saludando al compañero Chicharrita, con el seseo característico. El 11 era el día Temprano arribara a La Moneda. Con uno de sus escoltas confirmara que su fusil AKA 47 se encuentra en él deposito del palacio presidencial. Al llegar, las tanquetas de carabineros rodearan palacio y estará izada la bandera chilena con el escudo, emblema presidencial que horas más tarde arderá, como arderá Chile a partir de ese día. Las noticias estarán confirmadas. Este 11 de septiembre será el día definitivo. Sonaran marchas militares en una cadena de radios. El golpe militar ha comenzado por el reemplazo de los jefes militares leales. Hay que prepararse para la historia. Los mensajes en radio Magallanes, serán improvisados, serenos, visionarios frente al holocausto que se acerca. Mensajes que repetidos 32 años después, todavía recuerdan la tarea de un Chile más justo. Comienzan los bandos militares. Rendición incondicional. Parece que no conocen con quien tratan estos milicos de mierda. Allí permanecerá con sus leales amigos como cantara muy pronto, Silvio Rodríguez. Médicos, Gaps y periodistas. Además, de algunos detectives y unas pocas mujeres. Los aviones H.H. comprados para la defensa de Chile, bombardean el palacio presidencial, mientras por tierra se movilizan fuerzas de blindados e infantería, Valparaíso estará tomado. Los rockets derrumbaran e incendiaran por dentro el edificio que Toesca proyectara. Será la imagen que recorrerá el mundo, comenzara la desigual batalla. Miguel Enríquez intentara comunicarse: hay que sacar al presidente. Todo es tarde. En barrios, campos y ciudades hombres y mujeres, contienen su rabia, lloran de impotencia, en tanto otros preparan lo imposible: resistir. Este proceso que sorprendió al mundo termina aquí. Comenzará un tiempo que no estaba escrito. La ficción no alcanzara para describir el terror que viene. Los cambios fundacionales de la sociedad chilena serán impuestos a sangre y fuego. Los derechos de los trabajadores, el sueño de un pueblo, ahogado en balas, miedo y torturas. Allende esta tranquilo, se dispara desde La Moneda y otros puntos. Comienzan los incendios. Rendición no abra, así lo tendrá que consignar la historia. Su muerte, será el legado de este proyecto, que seguramente no midió las fuerzas ni sus correlaciones, pero, que en esa larga marcha constituirá un significativo avance para los más. Queda poco tiempo. Salvador Allende se escurrirá y quedara finalmente sólo ante la historia en un salón del ala sur. Mañana con 65 años, de casco y utilizando un fusil se quitara la vida. La historia espera su gesto, no tiene otra posibilidad. No saldrá con las manos en alto para ser pisoteado de bruces en la calle Morandé. Ni amenazado por un tanque. No pedirá garantías, porque no cree en sus palabras y dijo una vez que el presidente de Chile... no se rinde mierda. Culminan meses de espera, de acuartelamientos, de ingenuos preparativos. El tanquetazo del 29 era sólo un tímido ensayo. Ese último desfile del 4 de septiembre frente a ese escenario al costado de La Moneda, será la despedida con este padre, que miraba con ternura y preocupación a ese pueblo de miles, demandando poder popular cuando el fin ya estaba presente. En esos rostros estarán los que seguro serán perseguidos, ejecutados y torturados. Las mujeres que luego desaparecerán por siempre. Ese día la plaza de la Constitución, esas calles serán el escenario de esa última vez. Porque costara volver a reunirse como pueblo, seguro... costara. Luego, todo será silencio. Sólo silencio. Comenzará otra época mañana. Miles de personas perderán la vida, otros vivirán escondidos, mientras muchos partirán al exilio. Unos cuantos miles más serán encarcelados, torturados y vejados, varios millones vivirán el miedo. Otros celebraran alborozados y con el tiempo se sonrojaran al comprobar lo que no quisieron ver o escuchar. Porque transcurrido los años será muy difícil justificar tanto terror. Soldados y bomberos sacaran por la puerta de Morandé 80, en una camilla militar los restos del presidente de Chile. Ira cubierto con un aguayo andino, para ser enterrado sin nombre en Viña del Mar. Luego poco a poco su figura emergerá. Desde sus aciertos y visiones, desde sus errores de hombre digno, desde sus cotidianeidades de hombre común, desde sus ingenuidades de un Chile donde esos militares podían respetar un proyecto popular, que creía tener las fuerzas para vencer todos los mecanismos ideados para frenarlo. En muchos hogares mañana se prenderán velas, con el cuidado que no se vean desde la calle. Un hombre morirá mañana. Será el primero de muchos hombres y mujeres. Hace 32 años se dio a la memoria. Hace 32 años se espera verdad y justicia. Hace 32 años que ese proyecto, busca volver a ser presente en las nuevas condiciones. Es 11 de septiembre de 1973. Es 11 de septiembre de 2005.

domingo, 10 de outubro de 2010

Por que o voto nulo?

Como lutar contra a direita nas eleições? Votando nulo No governo FHC, os bancos lucraram R$ 35 bilhões, uma soma fantástica. Mas no governo Lula, os lucros dos bancos cresceram ainda mais, chegando a R$ 170 bilhões.• O governo Lula teve uma vitória parcial no primeiro turno das eleições de 2010. Como nas eleições de Lula em 2002 e 2006, derrotou a oposição de direita, mas teve de amargar um inesperado segundo turno entre Dilma e Serra.Lula ampliou a maioria que já tinha na Câmara dos Deputados, passando de 380 para 402 deputados, deixando o bloco PSDB-DEM com 118 deputados. Ganhou pela primeira vez a maioria também no Senado, passando de 39 para 59 senadores. Por último, mas não menos importante, ainda ampliou o número de governos de Estado no primeiro turno, passando a governar mais estados de peso como o Rio Grande do Sul.Mesmo assim, não houve grandes comemorações no campo governista. A inesperada passagem para o segundo turno mostrou que sua candidata perdeu 7% dos votos em dez dias. Marina Silva, que capitalizou a maior parte do desgaste de Dilma, sai fortalecida e com peso importante nesse segundo turno.A oposição de direita se fortaleceu nessa reta final. Tem o apoio majoritário e maciço das empresas de TV e jornais. Mesmo tendo sofrido uma derrota eleitoral, ganhou um alento com a passagem para o segundo turno e a vitória em São Paulo e Paraná.O resultado do segundo turno está completamente aberto. Vai depender de um grande número de fatores como a posição de Marina Silva, a descoberta de novos fatos dos escândalos de corrupção, o comportamento nos debates etc. Mesmo assim, a popularidade – cerca de 80% – do governo Lula torna a hipótese de vitória de Dilma o mais provável resultado do segundo turno.Crescimento de MarinaA candidatura de Marina foi concebida inicialmente como um instrumento auxiliar da campanha de Serra, cujo objetivo era dividir o voto feminino e petista de Dilma. Marina esteve apagada em boa parte da campanha, não se diferenciando em nada das campanhas majoritárias e espremida num patamar de 8 a 9%. Só cresceu a partir do desgaste de Dilma com as denúncias de tráfico de influência. Capitalizou a queda parcial da petista num eleitorado que resistia a seguir o PSDB, com componentes de esquerda e direita.Marina ocupou uma parte do espaço que foi de Heloísa Helena em 2006 com o discurso de ética na política. Mas uma candidata do PV, um partido que tem em sua direção Zequinha Sarney, falando em ética, é ridículo. O PV está presente em todo tipo de governo estadual, completamente apegado às verbas do Estado.Marina cresceu também a partir de uma manobra de direita: a campanha realizada por setores evangélicos mostrando que Dilma seria favorável ao aborto. Isso teve grande impacto em setores populares que não tinham sido afetados pelas denúncias de corrupção e tráfico de influência do PT. Marina Silva saiu em defesa clara de uma posição reacionária contra o aborto e questionando Dilma. A petista ficou na defensiva e disse que também era contra o aborto.Agora Marina terá de decidir o apoio a Serra ou a Dilma. Pode também se manter numa semineutralidade, liberando o voto. De uma forma ou de outra, surge como uma força ascendente das eleições, mais uma arma nas mãos da burguesia.A falsa polarização entre dois projetos semelhantes (Dilma e Serra) foi rompida nas eleições, com os quase 20% dos votos em Marina. No entanto, trata-se de outra falsa opção porque, em todas as questões fundamentais, como no plano econômico e na relação com o imperialismo, Marina expressou total acordo com o PT e PSDB.Quem é a direita?Governo, PT, PCdoB e CUT farão uma enorme campanha pelo voto em Dilma, argumentando que é necessário evitar a volta da direita. Nós também somos contra a volta do PSDB-DEM ao governo.Durante a campanha eleitoral, o PSTU foi duramente atacado pelo PSDB. Por duas vezes tentaram tirar nosso programa de TV do ar. Na primeira vez, porque mostramos como FHC tratava os aposentados e os chamou de vagabundos. Conseguimos manter nosso programa nessa vez, mas não na segunda.Quando Serra atacava Dilma ligando a petista à corrupção, mostramos em nosso programa que Serra também esteve ligado ao governo Arruda, do Distrito Federal. O PSDB conseguiu tirar nosso programa final do ar.Não queremos que a oposição de direita retorne. O governo FHC é lembrado pelos trabalhadores pelas privatizações e ataques aos trabalhadores. Serra seria uma continuação piorada de FHC por conta da crise internacional que se avizinha.É necessário lutar contra a direita, mas isso não significa votar em Dilma. Muitas vezes os termos “esquerda” e “direita” são bastante imprecisos. Hoje essa indefinição é tão ampla que inclui na “esquerda” a socialdemocracia europeia que administra o capitalismo há décadas na Europa. Ou ainda o PSB no Brasil que apresentou como candidato ao governo de São Paulo o presidente da Fiesp.Os marxistas definem a localização das posições políticas a partir da classe social representada. Aí a confusão desaparece. Para nós, os representantes da “direita” são os defensores da grande burguesia e do imperialismo. E como estão a grande burguesia e o imperialismo nessas eleições?Os banqueiros estão financiando as duas campanhas, e é provável que estejam dando mais dinheiro para Dilma que para Serra. Eles têm todas as razões para confiar em ambos. Durante os dois governos FHC, os bancos lucraram R$ 35 bilhões, uma soma fantástica. No entanto, nos dois governos Lula, os lucros dos bancos cresceram ainda mais, chegando a R$ 170 bilhões. Não por acaso, num dos jantares de apoio a Dilma estava presente o banqueiro Safra, uma das maiores fortunas do país.As grandes empresas, como um todo, quadruplicaram seus lucros no governo Lula. Este é o motivo pelo qual, no início de setembro, as empresas já tinham doado R$ 39,5 milhões para a campanha de Dilma e R$ 26 milhões para a de Serra.É verdade que a maioria das grandes empresas de comunicação, incluindo TVs e jornais, apoiam Serra. Isso possibilita ao governo uma imagem de vítima perante a burguesia. No entanto, Lula e Dilma têm a seu lado pesos pesados como a Vale, Eike Batista e inúmeros outros empresários.O apoio dos governos imperialistas também é uma referência importante para identificar quem representa a grande burguesia nas eleições. É indiscutível que todos eles estão muito tranquilos com as eleições no país, porque sabem que seus interesses estarão garantidos com PT ou PSDB. E também é inegável que Lula conta com uma enorme simpatia entre esses governos. Não é por acaso que conseguiu a realização da Copa e da Olimpíada no país, o que está sendo muito usado na campanha eleitoral.Por último, podemos ter como referência a posição dos políticos da direita tradicional, que sempre representaram a burguesia no país. Obviamente o PSDB e o DEM são partes importantes dessa representação política. Mas se pode dizer a mesma coisa de Sarney, Collor, Maluf, Jader Barbalho que apóiam Dilma.Voto nulo no segundo turnoNa verdade, temos dois representantes da grande burguesia e da direita nesse segundo turno. Dilma é apoiada pelo PT, pela CUT e por uma parte da esquerda do país, por expressar a colaboração de classes entre a grande burguesia (que mandou no governo Lula assim como no de FHC) e os trabalhadores. Essa é a grande confusão política existente hoje entre os trabalhadores. Não ajudaremos a ampliar essa confusão.Cada voto dado em Dilma ou em Serra ampliará a força do novo governo eleito para atacar os trabalhadores. Não se pode esquecer a crise econômica internacional que se avizinha. Não é por acaso que tanto Dilma quanto Serra já manifestaram que vão implementar uma nova reforma da Previdência assim que eleitos.Cada voto nulo nesse segundo turno significará menos força para o governo eleito. Foi impossível para a luta dos trabalhadores nessa conjuntura romper a falsa polarização eleitoral entre as duas candidaturas. Mas é necessário expressar nossa rejeição às duas alternativas patronais em disputa. Não serão eleitos em nosso nome. EDUARDO ALMEIDA NETOda Direção Nacional do PSTU e editor do Opinião Socialista

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

25º Partido da Base

“ditadura 16 do Lula, para 25 da Base de “Dilma” Deu “tiririca” com mesma votação de Plínio como voto de protesto no segundo e primeiro se suja a ficha com a falsidade ideológica uma piada com a nossa política de ‘p’ minúsculo o saudoso Plínio fez bonito com idéias claras um Estadista defendendo Escola, Educação Pública. A Ficha limpa deverá punir que não fez os deveres de casa como o caso do ‘tiririca’ com uma falsificação conotação de falsidade ideológica e tantos outros de ficha suja dos mensalões. É a nova maneira de se fazer Política com “P” maiúsculo. A Marina Silva ficou bem na urna com votos evangélicos, verdes e úteis, o Serra faz o papel de disputa como fez na primeira eleição em que Lula se elege presidente. Um dualismo do tipo estadunidense, serra é coadjuvante e não ator principal ele mesmo diz e reconhece que ‘acha’, foi que mais afirmou no primeiro turno acha. Na realidade o governo de Dilma é o quinto e provavelmente terceiro mandato do plano real e do FHC, a serviço dos banqueiros, industriais e agronegócios internacionais e nacionais. O Henrique Meireles todos sabe que foi do Partido Social Democrático Brasileiro, na realidade todos somos sociais democratas, menos na prática o discurso sofista de dizer o que a população deseja escutar a arte da imagem faz com que aceitamos o que vem de cima o que a elite decide dizemos amém o só olhar a base do governo com ditadura de 16 do Lula para 25 da Base de Dilma (Dezesseis partidos da base de Lula e agora vai chegar a vigésimo quinto partido da base de Dilma). Absolvição do discurso que vai fazer é ariscada de mais votamos em imagens que não representam a realidade. O imaginário social se construiu que política é algo sujo em que se falam mentiras ou meias verdades como dizer que não temos mais dívida com o FMI, até é verdade, mas é verdade que os juros eram de 4% ao ano. Além da Ficha Limpa outro movimento que vem ganhando força e precisa ser emergente é sobre a dívida externa que está em 300 bilhões de juros anuais. Pobreza e miséria para muitos e riqueza para poucos uma elitização que faz parte de nossa cultura e não nos damos conta devido às ideologias que falseiam a realidade pela mídia descomprometidas com as minorias. Só montante da dívida externa brasileira ultrapassa 1, 6 trilhões de reais, se somar toda a dívida interna o montante dobra ou triplica, porque se fala meias verdades sobre esse assunto tão sério, estão ganhando por fora e quanto 10%, 25%, as privatizações tem essa tarefa de distribuir pelos PPP Projetos Públicos Privados¿ Ficha limpa, auditoria das dívidas em todos os níveis já! E defesa do patrimônio nacional para todos os brasileiros.

25º Partido da Base

“ditadura 16 do Lula, para 25 da Base de “Dilma” Deu “tiririca” com mesma votação de Plínio como voto de protesto no segundo e primeiro se suja a ficha com a falsidade ideológica uma piada com a nossa política de ‘p’ minúsculo o saudoso Plínio fez bonito com idéias claras um Estadista defendendo Escola, Educação Pública. A Ficha limpa deverá punir que não fez os deveres de casa como o caso do ‘tiririca’ com uma falsificação conotação de falsidade ideológica e tantos outros de ficha suja dos mensalões. É a nova maneira de se fazer Política com “P” maiúsculo. A Marina Silva ficou bem na urna com votos evangélicos, verdes e úteis, o Serra faz o papel de disputa como fez na primeira eleição em que Lula se elege presidente. Um dualismo do tipo estadunidense, serra é coadjuvante e não ator principal ele mesmo diz e reconhece que ‘acha’, foi que mais afirmou no primeiro turno acha. Na realidade o governo de Dilma é o quinto e provavelmente terceiro mandato do plano real e do FHC, a serviço dos banqueiros, industriais e agronegócios internacionais e nacionais. O Henrique Meireles todos sabe que foi do Partido Social Democrático Brasileiro, na realidade todos somos sociais democratas, menos na prática o discurso sofista de dizer o que a população deseja escutar a arte da imagem faz com que aceitamos o que vem de cima o que a elite decide dizemos amém o só olhar a base do governo com ditadura de 16 do Lula para 25 da Base de Dilma (Dezesseis partidos da base de Lula e agora vai chegar a vigésimo quinto partido da base de Dilma). Absolvição do discurso que vai fazer é ariscada de mais votamos em imagens que não representam a realidade. O imaginário social se construiu que política é algo sujo em que se falam mentiras ou meias verdades como dizer que não temos mais dívida com o FMI, até é verdade, mas é verdade que os juros eram de 4% ao ano. Além da Ficha Limpa outro movimento que vem ganhando força e precisa ser emergente é sobre a dívida externa que está em 300 bilhões de juros anuais. Pobreza e miséria para muitos e riqueza para poucos uma elitização que faz parte de nossa cultura e não nos damos conta devido às ideologias que falseiam a realidade pela mídia descomprometidas com as minorias. Só montante da dívida externa brasileira ultrapassa 1, 6 trilhões de reais, se somar toda a dívida interna o montante dobra ou triplica, porque se fala meias verdades sobre esse assunto tão sério, estão ganhando por fora e quanto 10%, 25%, as privatizações tem essa tarefa de distribuir pelos PPP Projetos Públicos Privados¿ Ficha limpa, auditoria das dívidas em todos os níveis já! E defesa do patrimônio nacional para todos os brasileiros.

Fogo na Real Parque, desconfiança no ar

Por Débora Prado No dia 24 de setembro, uma sexta-feira, depois de dois focos de incêndio controlados por moradores, um terceiro queimou centenas de barracos na favela Real Parque, zona sul de São Paulo, além de atingir dois alojamentos ‘provisórios’ em que dezenas de famílias viviam desde outro incêndio que aconteceu há 8 anos. Cerca de 1200 pessoas ficaram sem casa. “Foi muito estranho, o fogo lambeu tudo muito ligeiro, parecia uma boca engolindo os barracos”, relata um morador. Os casos de incêndio em favelas são recorrentes e tem aumentado tanto que geram suspeitas. Na Real Parque, muitos moradores desconfiam de incêndio criminoso. Segundo eles, o fogo se espalhou com uma velocidade surpreendente. “Teve barraco que queimou de fora pra dentro”, diz um morador. “A perícia não vai acontecer, a prefeitura já limpou o terreno e os técnicos que vieram aqui disseram que vai ser difícil apurar, porque o terreno não foi isolado”, reclama outra moradora. Criminosos ou não, são fruto de descaso. Os incêndios nas favelas estão ligados à existência da própria favela – em outras palavras à existência de pessoas sem moradia adequada, sem infraestrutura, sem poder aquisitivo, sem voz junto ao Estado e ao conjunto da sociedade. A área mais atingida pelo fogo é antigo palco de embate entre a comunidade e o poder público. Uma parte do terreno que pertence a EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.) já tinha sido desocupada por uma ação de despejo em dezembro de 2007. Em nota, a Sehab informa que “a Prefeitura vem enfrentando dificuldades com as lideranças para retirar a população da área, que é considerada de risco”. No dia do incêndio a consternação era generalizada e, até o fim da tarde da sexta, centenas de pessoas estavam sob a fina garoa paulistana nas ruas da comunidade, sem saber onde iriam passar aquela noite. “A polícia chegou mais rápido que os bombeiros e o carro ainda não tava com o tanque 100% abastecido, tinha uma mangueira furada. Os moradores amarram a mangueira com roupas pra remendar, pra você entender como foi”, conta uma moradora, reclamando da presença da tropa de choque na favela no dia do incêndio. Em nota, representantes do poder público afirmam que se reuniram com moradores e lideranças e “explicaram que em um primeiro momento iriam cadastrar as famílias”, além de afirmar que “não podiam fazer nada imediato para abrigar as famílias”. Uma liderança reclama que o tratamento deveria ser mais humanizado. “Cerca de 1200 pessoas perderam tudo e até hoje a prefeitura não voltou aqui, está tudo muito confuso”, disse na segunda-feira, três dias após o incêndio. Ela conta que na reunião foi cobrada uma ação para que as pessoas não dormissem na chuva, mas não houve encaminhamento e ainda assim o Projeto Comunitário Casulo – uma organização social – fechou suas portas no final de semana. As famílias desabrigadas buscaram abrigo em outras casas na favela. Somente na noite do dia 27, foi feita uma segunda reunião entre poder público e moradores. A Real Parque é considerada uma ZEIS (Zona Especial de Interesse Social) e faz parte de um processo de urbanização. Em 2008, a prefeitura cadastrou 1.131 famílias para receber as moradias que devem ser construídas no local. Após o incêndio, a Sehab informou que “a Prefeitura ofereceu Auxílio Aluguel de R$ 400 mensais para todas as famílias, porém, apenas as famílias que constam do cadastro original, de 2008, terão direito a um apartamento, que será construído em 18 meses”. A medida não é nenhum benefício, é apenas uma parte de um direito de todo cidadão – o Direito à cidade. Afinal, tanto constituição, quanto o Estatuto da Cidade asseguram que todos deveriam ter uma moradia garantida, além de acesso a serviços urbanos, infraestrutura, trabalho e lazer. O problema segue, entretanto, para as famílias que foram morar na área atingida depois do cadastro em 2008 - 191 famílias segundo os dados da Sehab. Das 380 famílias, aproximadamente 40 são indígenas Pankararu - uma média de 180 indígenas desabrigados. Quem perdeu tudo, ainda vai enfrentar um problema até conseguir o auxílio aluguel – a falta de documentos. A reivindicação por uma unidade móvel de Poupatempo ou um mutirão para que as pessoas fizessem novos documentos não tinha sido atendida até o dia 29 de setembro. O Real Parque é um daqueles cenários que retratam um resumo da perversidade de um sistema econômico baseado na desigualdade e que não permite nenhuma mudança estrutural. Ele atinge as pessoas num dos pontos mais sensíveis – o direito a uma moradia digna. Lá, os barracos dividem a paisagem com as mansões do Morumbi. Os barracos improvisados com materiais distintos – e com uma engenharia de conhecimento popular impressionante – dividem ainda o muro direto com uma grande unidade da loja de materiais de construção Leroy Merlin. Enquanto muitos estavam aliviados porque seus barracos escaparam do fogo, outros perderam tudo o que tinham. E uma amiga que trabalha na grande imprensa lá perto me disse estarrecida que seus chefes comemoravam o incêndio próximo, que ia alavancar a audiência. Sobre o assunto, reproduzo o email que ela me enviou: Faltava dez para dez para entrar no trabalho. Faltavam dez minutos para a abertura da Bovespa e há sempre uma competição estranha para saber qual portal vai dar a notícia primeiro. Parece sempre uma questão de tempo, mesmo que isso afete apenas a vida de uns pouquinhos. Ao entrar na Berrini, já era possível ver a labareda que subia na favela Real Parque bem atrás da ponte estaiada. O carro de bombeiros passou correndo para quase me atropelar. Mais tarde, a notícia que eles chegaram do outro lado da marginal apenas uma hora depois não entrava na minha cabeça. Às vezes não é uma questão de tempo. Do alto, era possível ver de camarote. Em uma janela, a favela queimava. Na outra, os carrões atravessam sozinhos a ponte estaiada. O dólar caía diante da capitalização da Petrobras e o governo anunciava que não deixaria desvalorizarem a moeda. Uma empolgação geral tomava a redação. Era muita felicidade. Uma favela queimando aqui do lado! Nem é preciso descer para fotografar e ter as melhores imagens da tragédia. Nada de pé na lama, nada de enfrentar a polícia sempre disposta a partir para a agressão. Pelo menos nada de: - Como você se sente depois de perder tudo. E era fechem os obturadores! Drama, muito drama! Assim os cliques vão chover: - Nossa, quanta sorte!!! Hoje vai ser um dia bom de audiência. Porque é sempre uma questão de audiência também. A chuva, que de fato caía em São Paulo, não fazia cócegas no fogo que queimava as casinhas tão rapidamente como uma caixinha de fósforos, para o desespero de pessoas que àquela altura pareciam formiguinhas. Ainda mais porque trabalhavam juntas, carregando tantas coisas de um lado para o outro enquanto o zoom buscava o rosto mais desesperado. Era a festa dos abutres. Voando de um lado para outro, descarregando imagens e dando flashes do trânsito (porque se não é questão de tempo, é questão de trânsito) não observaram o olhar da Neide. Desolada na Copa. Ela olhava pela mesma janela o fogo na comunidade. Não dava para saber ao certo se o fogo passava perto de seu barraco. Mas a expressão de incredulidade me faz crer que uma daquelas casinhas era dela. Outras moças coladas ao vidro, em completo silêncio. E dava uma dor pensar: quando vai ser questão de gente? AS FAMÍLIAS NESSE MOMENTO PEDEM APOIO E DOAÇÕESCONTATOS DO REAL PARQUEDora (liderança indígena Pankararu) – Tel.: 8156-7367Paula (Favela Atitude) – Tel.: 9838-5904Cris (Favela Atitude) – Tel.: 7503-4948 Débora Prado é jornalista. debora.prado@carosamigos.com.br
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