sábado, 29 de janeiro de 2011

Lei da Economia Solidária quer dar mais direitos aos informais

Lages
Propostas para melhorias no processo da Economia Solidária e à criação de uma lei específica que garanta aos cidadãos incluídos neste sistema de produção, direitos e benefícios já concedidos a outros trabalhadores, foram discutidas ontem na 2ª Conferência Estadual da Economia Solidária.
Se aprovada a lei que está sendo formulada, pode dar aos trabalhadores informais, que se encaixam nos parâmetros da Economia Solidária, como artesãos e agricultores familiares, entre outros, a possibilidade de fazer financiamentos e ter acesso a alguns incentivos do governo.
A criação da Secretaria Nacional de Economia Solidária, ligada ao Ministério do Trabalho Emprego e Renda, fomentadora dos encontros, também pretende organizar participantes para que juntos, consigam obter mais resultados práticos na produção e comercialização dos seus produtos.
O coordenador da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), Maurício Sardá, comenta que o encontro vai elencar principais propostas que deverão estar inseridas na nova lei. Ele cita que já existe uma rede e empreendimentos em Santa Catarina que têm como base a Economia Solidária, e que o fortalecimento deste tipo de atividade é o objetivo das novas propostas.
Outra tendência é a união de trabalhadores para melhorar sua situação. “Hoje, há uma febre de coalizão, as pessoas estão entendendo que sozinhas, não conseguem resolver os seus problemas”, ressalta Sardá.
Reiterando que a elaboração da lei, tem como base o interesse mútuo de resolver problemas de diversos movimentos sociais. “O que falta são incentivos a estas pessoas”, garante. Segundo ele, a agricultura familiar, por exemplo, já tem seus benefícios, mas estes são oferecidos de forma individual a cada agricultor e não em ações coletivas que abrangem toda uma comunidade.
Mas o coordenador esclarece que os benefícios da lei serão oferecidos somente aos segmentos organizados e de pequeno porte. Não sendo estendido a produtores rurais que tenham grandes produções.
Segundo o representante, serão contemplados agricultores integrantes de associações e cooperativas de ajuda mútua. “A Política Nacional da Economia Solidária vai financiar e apoiar empreendimentos e nós, representantes, damos apoio e fomento para que eles desenvolvam suas atividades”, reitera Sardá.
O coordenador observa que encontros como este, são os provedores de diálogos entre o Estado e a sociedade. E explica que já aconteceram centenas de debates territoriais e regionais, sendo que dos encontros estaduais realizados por todo Brasil, estão sendo escolhidos os delegados. Eles irão representar as suas respectivas regiões na 2ª Conferência Nacional de Economia Solidária (Conaes), que acontece de 16 a 18 de junho de 2010, em Brasília. Com o tema “Pelo Direito de Produzir e Viver em Cooperação de Maneira Sustentável”.
O encontro nacional, entre outros assuntos, vai realizar um balanço sobre os avanços, limites e desafios da Economia Solidária e das Políticas Públicas envolvendo este método de produção.

Laranja tem alto índice antioxidante

alimentação & saúde

Comer uma laranja por dia pode impedir a manifestação de certos tipos de câncer, de acordo com um estudo australiano. A Organização de Pesquisa Industrial e Científica da Comunidade Britânica (CSIRO, na sigla em inglês) descobriu que consumir frutas cítricas pode reduzir o risco de câncer de boca, laringe e estômago em mais de 50%.

Uma porção extra de frutas cítricas diariamente, além das cinco porções de vegetais recomendadas por dia, pode também diminuir o risco de um derrame em 19%. O estudo australiano também descobriu "indícios convincentes" de que esses alimentos podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares, obesidade e diabete. Segundo a pesquisadora Katrine Baghurst, a laranja é a fruta com o mais alto nível de antioxidantes, que apresentam propriedades antiinflamatórias, antitumor e inibem a formação de coágulos no sangue.

75% dos tipos de câncer podem ser prevenidos

Saúde

Má alimentação está associada

a cerca de 30% dos tumores

A medicina está avançando no combate ao câncer. Porém, a cura para todos os tipos de câncer é pouco provável no médio prazo. Apesar de terem algumas características em comum, os diversos tipos de tumores têm causas diferentes. Desvendar cada uma delas é o principal desafio da medicina nas próximas décadas. Por esses motivos, a prevenção e a detecção precoce da doença continuam sendo as principais armas contra a maioria dos tumores.

Segundo estimativas do Ministério da Saúde, até o final deste ano serão registrados no país cerca de 305 mil novos casos de câncer. Ao todo, 117 mil pessoas vão morrer vítimas da doença, que é a segunda maior causa de mortes no Brasil, só perdendo para os problemas cardiovasculares.

Apesar das estimativas, hoje, 75% dos cânceres podem ser prevenidos e 25% diagnosticados precocemente, de acordo com um levantamento do Hospital do Câncer de São Paulo. Fazem parte da lista dos que podem ser prevenidos alguns dos tumores de maior incidência no mundo, como o de pulmão (principal causa de morte pela doença), de pele, mama, próstata, colo-retal e útero. Pensando nisso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um alerta sobre a necessidade de colocar em prática medidas simples, e já bastante conhecidas, que ajudam a evitar o problema.

Segundo a OMS, cerca de 30% dos cânceres estão relacionados à alimentação. Dietas com muito sal, conservas e defumados elevam o risco de desenvolver tumores de estômago e colo-retal. Comidas calóricas, ricas em gordura animal e proteína, favorecem os tumores de cólon, próstata e mama.

Dieta - O consumo diário de 500 gramas de verduras e frutas pode diminuir em cerca de 25% a incidência de cânceres do trato digestivo. Esses alimentos também reduzem os riscos de desenvolver tumores da faringe, laringe e útero. Dietas ricas em vegetais ainda protegem contra tumores de cólon e reto. A ingestão de tomate e derivados diminui em até 35% o risco de câncer de próstata. O benefício é atribuído ao licopeno, um poderoso antioxidante. Diversos estudos mostram que o consumo diário de 80 gramas de carne vermelha e embutidos pode aumentar de 25% a 67% os riscos de desenvolver câncer colo-retal.

Pesquisas também já demonstraram a relação entre o excesso de peso e o risco de câncer. O resultado mais consistente diz respeito ao câncer de útero. O risco de desenvolver o tumor é de duas a seis vezes maior em mulheres obesas, antes e depois da menopausa.

O documento diz que, caso não forem modificadas as tendências atuais de hábitos alimentares inadequados e sedentarismo e mantida a quantidade de fumantes (ver matéria ao lado), o número de novos casos de câncer deve aumentar em 50% nos próximos 20 anos, chegando a 15 milhões em 2020. Apesar da evolução dos medicamentos e da maior probabilidade de eliminar os tumores, o custo e os benefícios de prevenir a doença continuam sendo melhores do que os de tratá-la.

Fonte:

http://www.esteditora.com.br/correio/4864/right.htm

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Redes sociais não fazem revolução

Revolução na Tunísia. Protestos no Egito e na Argélia. Acontecimentos que há muito tempo não se via na região. Será que os povos árabes estavam esperando a invenção do Twiter? Ou do Facebook? A julgar pela grande imprensa, sim.
Como disse Judith Orr, editora do jornal Socialist Worker:

Não devemos confundir um instrumento na luta com a luta em si. O Twitter não forçou Ben Ali a fugir do país que governou por 23 anos. Assim como não foram paredes pichadas ou folhetos que derrubaram o czar da Rússia em 1917.

Dizer que as redes sociais tornaram possível as revoltas que vêm ocorrendo é um exagero proposital. Procura esconder as contradições concretas que levam povos a se rebelar. De acordo as Nações Unidas, uma em cada três pessoas no mundo árabe vive abaixo da linha da pobreza.
A Tunísia tem uma economia considerada dinâmica. Deve crescer quase 5% este ano. Mas, dados do FMI dizem que o país tem uma taxa de desemprego de 14%. O dobro disso para jovens até 25 anos.
A economia do Egito cresceu acima dos 7% nos últimos anos. Na última classificação do Banco Mundial sobre ambiente para negócios, o país subiu 5 posições. Mas 40% da população vive abaixo da linha da pobreza.
Tudo isso é fruto de políticas neoliberais aplicadas por ditaduras queridinhas do imperialismo europeu e estadunidense.
É verdade que as redes sociais vêm tendo seu funcionamento dificultado na região. Mas, é assim que ditaduras e governos ameaçados costumam reagir. Se preciso, fecham ou censuram meios de comunicação. Às vezes, até aqueles que são de sua confiança.
Claro que censurar a internete é bem mais difícil. Um problema que o capitalismo criou para si mesmo. Uma situação que devemos aproveitar. O problema é que quase tudo que circula nas redes sociais tem conteúdo conservador. Muito consumismo, preconceitos, ofensas, ignorância.
Redes sociais não fazem revolução. Em geral, atrapalham.
Um bom texto sobre a questão é A revolução não será tuitada, de Malcolm Gladwell
Sérgio Domingues