quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Professor Trabalhador Mercadoria

“Qual é o papel da escola¿”
Osni Valfredo Wagner Professor de Sociologia Rede estadual A mercantilização do profissional da educação pública é uma máxima que está emergindo das regulamentações estatais, o que já acontece na metrópole, como em São Paulo onde a avaliação de desempenho substitui o modelo tradicional de Escola Pública por algo que se quer que seja melhor. Supondo que o que é Estatal consiste problema, busca-se um modelo privatizante, como se fossem modelos que deram certo em outros países. Primeiro que as realidades são diferentes depois que modelos. Metodológica em utilizar conceitos aparentemente inovadores, o que se quer é transformar o professor em mercadoria. Criar um sistema a partir de utopias liberais que se baseia em avaliações de desempenho que são feita por alunos, pais e pedagógico, os alunos e os pais querem passar de ano, o pedagógico mede pelo político. Falta nestes três pelo menos no primeiro experiência e conhecimento para avaliar o professor, o segundo contato com a escola, pois na maioria dos casos os pais não participam da vida da escola e em terceiro depende de seguir os interesses de partido do poder. Além dessa questão da avaliação de desempenho tornar o professor como mercadoria, não se está observando que o ato de ensinar e aprender necessita da autonomia no desempenho da disciplina tanto disciplinar, transdiscipliar ou interdisciplinar. A gestão democrática ainda jovem quer acabar, sobrando o que nessa falsa meritocracia¿ O mais nefasto é que se tira a autonomia do professor em sala de aula e se institucionaliza uma ditadura. Como se o problema de ensinar fosse apenas do professor. O aluno tem o papel de estudar, os pais de educar e o professor de formar cidadão. Como poderia ser uma avaliação do desempenho¿ a partir do Projeto Político Pedagógico avaliando o desempenho do professor assiduidade, comprometimento, relacionamento, com critérios científicos de validação, quantificação, comprovação. A Escola reproduzir o que a grande mídia supostamente produz uma mordaça na autonomia de se observar conhecimento oculto, legitimando a hegemonia do mercado e para isso precisa do professor mercadoria, para que o aluno saia cada vez mais mercantilizado da Escola e não com interpretações sobre a cidadania. Qual é o papel da escola¿ A arte de aprender e ensinar está por um fio para se transformar em uma coisa tecnicista ao ponto das pessoas não mais pensarem, mas somente fazerem ações mecanicamente. Tirar a competência da avaliação do Professor é lhe tirar toda a autonomia em sala de aula é rasgar seu diploma e toda a experiência que obteve em toda sua vida profissional. Estão institucionalizando um tecnicismo a partir do fim do cientificismo.

2 comentários:

  1. Bem colocadas as questões que você levantou. Mas há ainda outros aspectos a se considerar: o fato de que educação é um processo muito mais abrangente do que aquele que ocorre no ambiente escolar, mas que as famílias tem ignorado e delegado todas as suas funções para a escola, de modo que o professor passa a representar papéis sociais além do de professor. Por isso sua função também mudou de nome, passou de professor para educador.
    Outro fato diz respeito aos valores que estes alunos levam para a escola. Digo isso partindo da minha experiência, pois já vi pai ensinando o filho a furtar, ou transferindo a responsabilidade do mau desempenho do filho para o professor. Claro que existem casos de professores que fingem que ensinam enquanto seus alunos fingem que aprendem, mas não são a maioria. Aliás, coordenação e supervisão pedagógicas existem para isso. Mas há muitas que se omitem. Um fato de minha experiência foi ouvir uma pedagoga, com doutorado que leciona em universidade particular, em razão da reclamação dos professores do segundo segmento de que os alunos estavam chegando ao segundo segmento sem identificar letras e algarismos e sem lhes atribuir os valores fonéticos/ quantitativos correspondentes, responder que isto não era importante e que vários alunos do Ensino Médio estavam sendo alfabetizados. Sinceramente, eu acredito que isto possa ser um problema de muitas outras escolas públicas, "gestores educacionais" que não não se importam com a eficiência do ensino ministrado nos estabelecimentos de cuja administração participam.

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  2. Peço desculpas pelo meu comentário anterior, estou cansada e com sono, portanto posso não ter sido clara o suficiente.

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