sexta-feira, 6 de maio de 2011

Fim da evasão escolar?

“O problema está em querer que o Colégio decida e não o aluno.” Osni Valfredo Wagner Ensino Médio o aluno poder escolher entre Cultura, Ciências, Tecnologias e Trabalho seria o ideal, o aluno montando seu próprio currículo. Mas o que se quer é que a Escola (Colégio) escolha entre as quatro áreas propostas para focar o Currículo. O Que vai acontecer é que cerca de 25% irão para Cultura? outro 25% para Ciências? Dividindo interesses de vestibular, práticas de educação física (ENEM e PROUNI). As tecnologias com 20%? e Trabalho disputarão 30%? com esses cursos também chamados de profissionalizantes. Esse sistema novo em si é interessante. O problema está em querer que o Colégio decida e não o aluno. Centralizando a decisão em mãos de poucos de forma corporativista, de interesse políticos e econômicos. Esse propósito de currículo flexível para o ensino médio, tem interesses econômicos em fazer com que o Ensino Médio prepare profissionais para o mercado de trabalho e diminuindo a possibilidade de avanço em cursos universitários. Um tiro no pé da educação, podendo trazer instabilidades por falta de adaptação do aluno em determinada área, e em ter que deslocar de uma escola para outra se torna inviável devido a deslocamento. Em vez de diminuir a evasão poderá aumentar a evasão. Por que esses sistemas novos não poderiam ser feito dentro dá própria escola (colégio)? E, além disso é precisa ser feito um estudo de demanda de interesses de alunos e do mercado de trabalho. Com o desemprego estrutural não vai ter solução para a empregabilidade que se deseja para a juventude do século XXI. O que a juventude precisa não está sendo colocada como prioridade, essa realidade que a juventude vive precisa ser levada em conta partindo das verdadeiras necessidades e não apenas o que o mercado dita hoje. Com risco de não se formar cidadãos com a devida competência e habilidades necessárias para conviver em uma sociedade de exclusão neoliberal. Mexer na educação dos alunos do ensino médio precisa de muito cuidado. Podemos estar achando que os pobres não precisam de formação e estaremos condicionando ainda mais para áreas que se paga menos e trabalhos pesados que necessitem de habilidades básicas tipo fast food que geram competências técnicas. Ser empregável e produtivista é essa a racionalidade do século XXI. A educação se adequando com a privatização da merenda, agora parece que as escolas receberão um golpe de amigos da escola em que se liberaliza à exploração do trabalho educacional com reformas trabalhistas e tributárias aliadas a privatização das escolas como avanço e novidade com escolhas fantasiosas e fechadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você faz parte do blogger: Conceito e Provocações!