sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Identificação do Estado de Sucessão da Vegetação Na áreas de APP na Velha Grande e Velha Central

Justificativa: Mobilização social na gestão de riscos e de desastres - Gestão dos desastres é vista como um ciclo composto por quatro etapas prevenção, resposta e reconstrução. Gerenciamento de riscos e de desastres, implicando processos relacionados ao planejamento, a organização e ao controle de recursos, dos riscos e das vulnerabilidades sociais, marco de ação de Hyogo, Estratégias para redução de riscos e desastres, políticas de planejamento de desenvolvimento sustentável, instituições, mecanismos e capacidades, aumento a resiliência ante ás ameaças, redução de riscos e recuperação a afetados. (WCDR, 2005) A necessidade de criar uma cultura de seguridade e resistência ante aos desastres sucitou a importância, então, de incluir debates acerca da diversidade cultural e gênero, participação comunitária e desenvolvimento de competências e transferência de tecnologias. Resiliência ‘a capacidade de uma comunidade ou sociedade, potencialmente exposta a ameaças, para adaptar-se, resistindo ou modificando, ... (EIRD, 2004). Dois aspectos Resiliência organização comunitária e processo continuo de ensino e aprendizagem. Não vamos para o ginásio, naquele amontoado de gente. Vanderleia e seus três filhos foi uma das famílias que estão sendo notificadas no Morro Artur no Bairro Garcia. O protesto é da trabalhadora de serviços gerais Vanderleia Varella, 41 anos, mãe de três filhos, que mora há 18 anos no Morro do Artura, final da Rua Progresso no Distrito do Garcia em Blumenau. Ela é uma das oitenta famílias que foram notificadas pela Defesa Civil para deixarem o morro em função do perigo de deslizamentos. Doze tiveram que deixar o local e se abrigar numa escola na semana passada. Algumas famílias do Morro do Artur estão indo para a casa de parentes e amigos e, poquíssimas aceitam como última alternativa irem para um abrigo improvisado pela prefeitura de Blumenau na Escola Municipal Dom Pedro II no Bairro Progresso. - Precisamos de um tempo para achar uma casa para alugar. Mas para o ginásio não vamos - diz Vanderleia que prefere ser removida à força pela polícia, conforme prometeu a Defesa Civil para os casos em que houver resistência. Para o presidente da AEAMVI Juliano Gonçalves, a administração municipal age equivocadamente: - Não é assim que se resolve essa situação. Era necessário, conforme já advertimos bem antes da tragédia de 2008 um Plano de Habitação para essas famílias. É necessário tirar essas famílias das áreas de risco, mas é preciso dar a elas condições dignas de moradia. A prefeitura mais uma vez age de maneira equivocada. O local onde criou seus filhos durante 18 anos terá que ser abandonado imediatamente. Nas primeiras horas desta sexta-feira, a trabalhadora de serviços gerais Vanderleia Varella, 41 anos, separada, mãe de um rapaz de 19 anos, outro de 15 e de uma moça de 18 foi notificada pela Defesa Civil de Blumenau. Foi a primeira família a ser abordada nesta sexta-feira, por uma equipe multidisciplinar no alto do Morro do Artur, que passou de risco monitorado para risco iminente em função das chuvas que caíram na última semana. O trabalho prossegue neste sábado. Outra equipe trabalha no Bairro da Velha, onde situação semelhante acontece. No Morro do Artur são aproximadamente 100 famílias que vivem em área de risco, mas 35, que vivem em situação mais perigosa é que estão recebendo a determinação para abandonarem imediatamente suas casas. Na sexta-feira uma família se prontificou a deixar imediatamente o local. Outras resistem, a exemplo da de Vanderleia. - Meus meninos foram ver onde querem colocar a gente lá na escola e não gostaram. É um ginásio. Querem amontoar a gente num lugar só. Precisamos de um tempo para encontrar uma casa para alugar – protestou Vanderleia. Na manhã deste sábado ela estava apavorada porque chegara de uma reunião, no pé do morro, onde ouviu a informação de que a Polícia Militar iria retirá-los à força do local ainda neste sábado. O abrigo que a Defesa Civil montou para as famílias do Morro Artur fica na Escola Municipal Dom Pedro II. ( AEAMVI, 2011) Magali Moser se diz uma jornalista inquieta. Em fevereiro de 2007 ela e o o fotógrafo Jandir Nascimento percorreram 17 áreas de pobreza em Blumenau e publicaram no Jornal de Santa Catarina uma série de reportagem intitulada "Cidade Escondida". A produção chocou Blumenau, que até então era conhecida como uma cidade rica, berço da Oktoberfest, regada à chope e alegria. A inquietação de Magali prosseguiu e resultado num outro trabalho de fôlego: uma pesquisa feita à campo em 47 áreas de pobreza em Blumenau. Ela apurou que esse universo vai mais além. Mas preferiu ficar no que foi pesquisado. Trata-se de um trabalho científico, sem vínculo partidário, ou atrelado à algum setor da sociedade. Ela obteve o apoio da Fundação Cultural, que foi aprovado por um conselho. Mas o trabalho desenvolvido entre outubro do ano passado e março deste ano não foi fácil, conforme confessa Magali: - As condições geográficas de Blumenau contribuem para que a grande maioria das áreas de concentração de pobreza fique encoberta, atrás dos morros, em terrenos distantes. Não havia até então um levantamento, um estudo que desse a dimensão da pobreza na cidade. Os dados existentes até então eram muito imprecisos. Existiam poucos trabalhos sobre áreas específicas e não um estudo que mostrasse um panorama geral dessa questão. A partir dessas constatações, amadureci a idéia de desenvolver um estudo que servisse como fonte de pesquisa e consulta sobre o tema. Um dos principais avanços foi a produção de um mapa que identifica 47 áreas de concentração de pobreza em Blumenau. O mapa foi produzido com a ajuda da professora da Furb, assistente social e doutora em Geografia pela UFSC, Jacqueline Samagaia. - As dificuldades foram muitas... – prossegue Magali. - A começar pela ausência de dados. A própria prefeitura de Blumenau não dispõe de um levantamento sobre as áreas de concentração de pobreza na cidade. Somente depois de ter apresentado o projeto e de vê-lo aprovado eu realmente percebi o desafio que tinha pela frente. Havia muitas informações desencontradas nos setores da prefeitura e a pobreza é sempre um tema que, historicamente, as cidades preferem ocultar. Enfrentei outras resistências como a pressão do tempo, já que a proposta foi mapear as mais de 40 áreas de pobreza de Blumenau – e isso me exigiu obviamente fazer um trabalho de campo em todas elas – e eu tive apenas seis meses para a produção de toda a pesquisa, entrevistas e texto. Houve resistências também, me acusaram de tentar denegrir o turismo na cidade, essas coisas. Mas esse tipo de reação partiu de quem não conheceu a fundo a real proposta do projeto. A jornalista relata que uma das coisas que mais lhe impressionou ao conhecer melhor a realidade dessas comunidades foi perceber a capacidade de mobilização, luta e resistência de quem mora nessas áreas. O engajamento e a organização das associações de moradores na luta por direitos mínimos, como acesso à água, energia elétrica, serviços de saúde ou escola, por exemplo. - Os problemas de consumo e comércio de drogas que existem em algumas das áreas são uma demonstração clara de que a falta de políticas públicas nesses locais gera uma reação – frisa Magali. A sua declaração corrobora o que já disse Juliano Gonçalves em julho do ano passado. Os objetivos principais da pesquisa de Magali foram provocar a discussão sobre pobreza em Blumenau, dar voz aos moradores de áreas excluídas e chamar a atenção da cidade para isso, para que a sociedade tome consciência da pobreza. Segundo ela, além disso, a intenção foi desmistificar algumas idéias relacionadas ao tema. - O senso comum costuma associar a pobreza à migração, mas os dados do IBGE e do SIGAD, da Furb, mostram que o aumento da pobreza em Blumenau não se deve ao fato de a cidade ter empobrecido. A concentração de renda, o abismo entre pobres e ricos, é o que se acirrou – finalizou ao jornalista. Lei de APP? Objetivos Gerais Este estudo tem como propósito em aproximar a comunidade e suas organizações associativas, o poder estatal para sensibilizar na necessidade em construir a prevenção a partir de uma cultura de resiliência comunitária com potencialidade preventiva a exposição a ameaças, adaptando-se, resistindo ou modificando, com fim de alcançar ou manter um nível aceitável em seu funcionamento e estrutura. Objetivos específicos a) Mapear as áreas de ocupação humana em APP; b) Identificar o estado da vegetação local; c) Pesquisar os declives e com vulnerabilidades; d) Estudar a resiliência comunitárias nas APP dos Bairros Velha Grande e Velha Central Metodologia Cronograma Março de 2011 a março de 2012 Bibliografias Com Ciência Ambiental Dialogando para um mundo melhor, p. 78 a 89 caderno espacial ano 5, nº 28, 2010. ______________ www.concienciaambiental.com.br http://www.aeamvi.com.br/noticias-completa/--nao-vamos-para-o-ginasio-naquele-amontoado-de-gente. Acesso 10 de fevereiro de 2011.______________ http://www.aeamvi.com.br/noticias-completa/pesquisa-de-jornalista-mostra-uma-realidade-escondida-pela-omissao-governamental-o-processo-de-favelizacao-em-blumenau

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