sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

“produção de mata ciliar”

Osni Valfredo Wagner Mestrando em Desenvolvimento Regional Os interesses econômicos imediatistas dos ruralistas que movimenta propósitos de diminuir o máximo a mata ciliar, dos 30 metros para 15 metros acordado no congresso nacional em Brasília, coordenado Rebelo PC do B. acordo que é contestado por cientistas e ambientalistas. Pensar em outra solução para o impasse sobre o código ambiental. Esse problema da mata ciliar não afeta somente o espaço rural como também o urbano. Em ambos os casos devem nos sensibilizar e conscientizar a comunidade que a água vai diminuir diminuindo a mata ciliar. O risco vai aumentar com a diminuição da mata ciliar. As APP áreas de preservação permanente e as APA áreas de preservação ambiental precisam ser respeitadas por terem declividades de 45 graus a 90 graus, área inadequada de serem ocupadas e áreas com declives de 20 graus a 45 graus passivas de vulnerabilidade a erosão. Essas regiões são vistas como territórios daqueles que ocupam aquela determinada localidade. Um novo pacto territorial que mobilize governos e cidadãos em ações inovadoras em uma mentalidade de resiliência as gerações presentes e futuras a partir da solidariedade da cidade e do campo em torno do desenvolvimento sustentável, conhecimento cientifico e tradicional e local. Os projetos interdisciplinares em que os atores locais fomentem o social e o meio ambiente para uma vida mais saudável. Frente aos problemas globais como aquecimento e poluições em geral a ONU propõe investimento de 2 trilhões ano. De onde vem o recurso, imagina só da circulação financeira internacional, uma cópia do CPMF brasileiro, e nós queremos acabar com esse imposto que acaba com a sonegação e permite que o governo federal disponha de recursos financeiros de forma ágil e eficiente coisa que o ICMS e tantos outros impostos não consegue. Se globalmente se busca fundos para solucionar os problemas ambientais podemos também no Brasil ter um fundo, no momento o mais eficiente é a Contribuição Social e Saúde, que poderia ser Ambiental também. Com um fundo ambiental se poderá investir em produção de mata ciliar, por exemplo, energia eólica e solar, entre outros projetos ambientais garantindo renda para proprietários e água para toda a sociedade. Toda aquela questão de reclamar sobre os impostos compreende-se, mas devemos colocar na balança que também tem muita sonegação. E mais devemos assumir não só o lucro financeiro que o sistema capitalista nos proporciona, mas também os prejuízos ambientais, sociais e de saúde. Qual a garantia que essa nova contribuição financeira vai ser aplicada no social, na saúde e no ambiental, caso seja aprovado, essa é uma tarefa que todos, temos que cobrar. Que é imposto e para não ficar dúvida sobre essa questão, os projetos sociais, saúde e ambiental devem ser defendidos por toda a sociedade.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

SOCIOAMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL

CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO Que entendemos por desenvolvimento sustentável? Por que tantas definições para este conceito? Se complexificarmos um pouco mais e inserirmos a variável território, o que seria desenvolvimento territorial sustentável? É possível medir esse desenvolvimento territorial sustentável? Se assim for, como medi-lo? Estas e outras interrogações foram as que motivaram as primeiras reflexões e o surgimento de uma pesquisa-ação participativa, em curso, nas comunidades do entorno da Sub-Bacia de Rio Sagrado, zona rural de Morretes –PR, Área de Preservação Ambiental (APA) de Guaratuba, Reserva da Biosfera de Floresta Atlântica. 1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DA PROBLEMÁTICA DE PESQUISA Atualmente, não é difícil perceber um olhar crítico da sociedade para com o modelo atual de desenvolvimento, sobretudo quando se analisa o percurso das últimas décadas e se prospecta as próximas, baseando-se no último relatório do Intergovernmental Panel of Climate Change (IPCC), divulgado em 2007, formulado pela World Meteorological Organization (WMO), no âmbito do United Nations Environmental Programme, UNEP, que aponta sobre os riscos de se continuarmos com o atual modelo de desenvolvimento. Mesmo os mais céticos economistas não conseguem mais ficar indiferente a tais prognósticos (SAMPAIO, 2009; KELLER, 2008; SAMPAIO, ZECHNER e HENRIQUEZ, 2008). A última versão do Relatório do Planeta Vivo (2008) nos alerta, que nos últimos trinta e cinco anos temos perdido quase um terço da vida silvestre do A CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE INDICADORES TERRITORIAIS SOCIOAMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL. ANÁLISE PROPOSITIVA PARA AS COMUNIDADES DO RIO SAGRADO, MORRETES (PR): Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento. 18 planeta e que a nossa pegada ecológica global, entendida como impacto, excede em quase 30% a capacidade do planeta de se regenerar. Este cenário pessimista aponta que se as nossas demandas continuarem nesse ritmo, para meados da década de 2030, precisaremos o equivalente a dois planetas Terra. Os atuais indicadores para a sustentabilidade nos permitem avaliar os avanços e retrocessos quando problematizamos o desenvolvimento versus crescimento econômico. Neste contexto não se tem dúvidas que o século XX foi testemunho de significativas transformações em todas as dimensões da existência humana (HOBSBAWM apud VAN BELLEN, 2006). Tais transformações é resultado de um modelo de desenvolvimento hegemônico imposto pelos países do hemisfério norte, chamados de desenvolvidos ou países do centro (ou ainda ocidentalizados), sobre os países do hemisfério sul, chamados em desenvolvimento ou países periféricos1. Este modelo de desenvolvimento patologicamente excludente - cerca de ¼ da população concentra ¾ do PIB mundial (PNUD, 2007), caracteriza-se pelo alto grau de industrialização dos países chamados desenvolvidos, baseado em processos de produção fordistas, com alta tecnologia, fundamentado em uma ação social que visa fins determinados (racionalidade instrumental). Weber (2000), já previa e alertava sobre os riscos de tal racionalidade transpor os muros das fábricas e que de fato ocorreu. Atualmente, a 1 Para um maior aprofundamento na discussão sobre centro e periferia ver Furtado, Celso. Introdução ao Desenvolvimento. Enfoque Histórico-Estrutural. 3ed., Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2000. Capítulos l, ll, lll, e lV. Furtado, Celso. Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico, São Paulo, Abril Cultural, 1983 (coleção os economistas) Capítulos 1, 2, 3, 4 e 8. Fernandes, Florestan. Sociedade de Classes e Subdesenvolvimento. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1975. Lipietz, Alain. O capital e seu Espaço, São Paulo, Novel. 1988 (O que é o Espaço – PP. 15-31). Lipietz, Alain.Miragens e Milagres. Problemas da Industrialização no Terceiro Mundo. São Paulo, Novel, 1988. Capitulo 3. A CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE INDICADORES TERRITORIAIS SOCIOAMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL. ANÁLISE PROPOSITIVA PARA AS COMUNIDADES DO RIO SAGRADO, MORRETES (PR): Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento. 19 racionalidade que vigora nas sociedades ocidentalizadas é predominantemente econômica, isto é, privatizam-se lucros de curto prazo e socializam-se prejuízos socioambientais de médio e longo prazos (SAMPAIO, 2005). Paradoxalmente, a visão monodisciplinar da ciência e tecnologia é considerada por muitos como a única tábua de salvação para a crise contemporânea, de um lado se prospecta melhorar a vida das pessoas e aumentar a expectativa de vida das populações e, inversamente, por outro lado, remete à sua autodestruição, resultado também da sobre-utilização dos recursos naturais (biodiversdiade) quando se chega ao ponto extremo de perder a capacidade de resiliência, ou seja, deixar de ser não-renovável. Tem se, então, o que Sampaio (2005) aponta como “beco sem saída”, em que reina uma grande disparidade dos padrões de vida e de consumo da população, paralelamente ao aumento dos níveis de desigualdade entre centro e periferia. Segundo Henríquez et al. (2008) existem esforços na tentativa de reverter ou, pelo menos, minimizar os efeitos perversos deste modelo de desenvolvimento. Um deles é o que se conhece por ecodesenvolvimento (SACHS, 1986) que, aliás, surge como precursor do conceito de desenvolvimento sustentável, hoje amplamente difundido e aceito mundialmente pela comunidade internacional, inclusive dentro de entidades de grande influência como o Banco Mundial e a ONU. Outros conjuntos de esforços surgem, como os que apontam para uma outra economia ou para um outro desenvolvimento. Ou, ainda, o que o economista chileno Manfred Max-Neef chama por Desenvolvimento à Escala Humana, que além de apresentar uma crítica, sugere uma metodologia para construir indicadores que medem um desenvolvimento mais sustentável. A CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE INDICADORES TERRITORIAIS SOCIOAMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL. ANÁLISE PROPOSITIVA PARA AS COMUNIDADES DO RIO SAGRADO, MORRETES (PR): Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento. 20 Um desdobramento das terminologias desenvolvimento sustentável, ecodesenvolvimento e desenvolvimento à escala humana, é o de Ecossocioeconomia que tenta dar respostas a problemas cotidianos e que se caracteriza por privilegiar os estudos práticos que possibilitam a viabilidade macro (interorganizacional) e microeconômica (organizacional) de grupos organizados ou quase organizados, chamados de arranjos socioprodutivos de base comunitária, de modo que possam não só ampliar oportunidades de trabalho e renda de populações tradicionais mais também de assegurar que seus modos de vida e de produção, distintos do padrão ocidentalizado (industrial, urbano e consumista), continuem a existir e que se insiram na economia de mercado, sem, no entanto, perderem sua dinâmica própria (SAMPAIO, 2009). Neste contexto, a presente dissertação apresenta-se da seguinte forma: apresentar primeiro uma discussão teórica e para depois ilustrá-la a partir de uma experiência em curso de construção participativa de indicadores socioambientais territoriais de maneira que promova um desenvolvimento mais sustentável nas comunidades do entorno da Micro-Bacia Hidrográfica do Rio Sagrado, zona rural de Morretes-PR, APA de Guaratuba, ReBIO de Floresta Atlântica, no contexto de uma zona de educação para o ecodesenvolvimento, estabelecida desde 2006. 1.2. PROBLEMA DE PESQUISA Durante o 2006, as comunidades residentes no entorno da Micro Bacia do Rio Sagrado, aceitaram o desafio de se tornarem parte de um projeto A CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE INDICADORES TERRITORIAIS SOCIOAMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL. ANÁLISE PROPOSITIVA PARA AS COMUNIDADES DO RIO SAGRADO, MORRETES (PR): Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento. 21 intitulado de Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento, em parceria com a ONG Instituto LAGOE (Laboratório de Gestão de Organizações que promovem o Ecodesenvolvimento), Universidade Regional de Blumenau (FURB) e outras universidades parceiras. Desde então, a área tem sido objeto de incessantes estudos no sentido de compreender as dinâmicas sócioambientais e socio-economicas da região, transitando para um outro desenvolvimento, que se traduz em um plano participativo de desenvolvimento integrado e sustentável para o território. Atualmente os membros comunitários encontram-se organizados de forma associativa (Associação Comunitária Candonga) através de uma cozinha comunitária, a qual oportuniza a sobrevivência na economia de mercado de um grupo reduzido de pessoas. Por outro lado a comunidade encontra-se organizada em uma Associação de Moradores do Rio Sagrado (AMORISA), que tem como missão a preocupação pelo abastecimento d´agua. Recentemente, no percurso do 2009, surgem outras duas novas organizações de base, o Grupo de Artesã do Rio Sagrado (ARTRISA) e o grupo de adolescentes Força Jovem. O primeiro prioriza a questão de trabalho e renda e o segundo visa à participação ativa e política dos adolescentes no processo de desenvolvimento da comunidade. Como apresenta Keller (2008), o padrão de distribuição das habitações é de tipo “disperso” e as mesmas, muitas delas propriedades rurais, estarem distribuídas ao longo de estradas secundárias, cuja conseqüência é traduzida em pouca participação e coesão social. Contudo, existem pessoas com características sensíveis, solidarias e empreendedoras que visam estabelecer parcerias com outros membros da comunidade, na busca de superar A CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE INDICADORES TERRITORIAIS SOCIOAMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL. ANÁLISE PROPOSITIVA PARA AS COMUNIDADES DO RIO SAGRADO, MORRETES (PR): Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento. 22 dificuldades e gerar um outro desenvolvimento, é assim, que surge um arranjo sócioprodutivo de base comunitária, em curso desde 2006. Assim uma metodologia de indicadores para a sustentabilidade do território, construída a partir do olhar dos próprios moradores locais (que privilegie o viés intergeracional) em parceria com pesquisadores (que privilegiam um viés transdisciplinar) possa mostrar quão perto ou longe se está do que a comunidade visualiza como Desenvolvimento Sustentável. Por ultimo, considerando uma significativa parte dos processos produtivos na região, desde a instauração de uma zona de educação para o ecodesenvolvimento, não se sabe com certeza, se esse processo de desenvolvimento é realmente sustentável e ou seja, será que os modos de vida próprios da comunidade, e a preservação do meio ambiente estão realmente sendo conservados?. Cabendo então a esta pesquisa tentar dar pistas sobre essa questão. 1.3. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA 1.3.1. Justificativa e Relevância Teórica As sociedades pós-modernas são tão dependentes da natureza para sustentar seus estilos de vida como as sociedades mais primitivas da idade da pedra. Ou seja, mesmo que moremos perto da natureza ou no coração de uma cidade, os nossos meios de subsistência e as nossas vidas, dependem A CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE INDICADORES TERRITORIAIS SOCIOAMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL. ANÁLISE PROPOSITIVA PARA AS COMUNIDADES DO RIO SAGRADO, MORRETES (PR): Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento. 23 completamente dos serviços proporcionados pelos ecossistemas (MAX-NEEF, 2007; Relatório do Planeta Vivo, 2008). É neste contexto que comunidades, organizações sociais, universidades, setor público e privado estão se organizando e articulando em diferentes países do mundo. Estas organizações sociais têm como objetivo comum proteger o território do qual fazem parte e tentar melhorar sua qualidade de vida. Estas comunidades e demais instâncias sociais, geralmente compartilham preocupações comuns na procura e construção de espaços socioambientais mais saudáveis, tanto para hoje como para as futuras gerações (WATIEZ e REYES, 2000). Contudo, muitas destas comunidades e organizações sociais, muitas vezes, carecem de instrumentos e experiência para reforçar e orientar os trabalhos para um desenvolvimento com uma visão clara, que assegure que os diferentes esforços resultarão em mudanças concretas e positivas para toda a sociedade (WATIEZ e REYES, 2000). Acredita-se que uma metodologia de Indicadores Territoriais Socioambientais Participativos, que esteja fortemente relacionada com a educação, possa dar respostas às necessidades descritas no parágrafo anterior. Trata-se de gerar e entregar informação que oriente o desenvolvimento ecossocioeconomico do território da Micro Bacia do Rio Sagrado. Nesse contexto, é que o Núcleo de Políticas Publicas (NPP), dependente do Programa de Pós Graduação Mestrado em Desenvolvimento Regional que possui duas linhas de pesquisa: 1)Estado Sociedade e Desenvolvimento Regional; 2) Dinâmicas Socioeconômicas no Território. A primeira e da qual faz parte o NPP, está voltada para pesquisas de gestão e A CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE INDICADORES TERRITORIAIS SOCIOAMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL. ANÁLISE PROPOSITIVA PARA AS COMUNIDADES DO RIO SAGRADO, MORRETES (PR): Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento. 24 analise de políticas publicas; desenvolvimento turístico regional; ética ambiental; e desenvolvimento, diversidade histórica e cultural no território, e é deste constructo teórico que parte o presente trabalho, que pretende contribuir para a compreensão, aos diferentes níveis da sociedade, sobre a temática dos Indicadores Territoriais Socioambientais Participativos. No contexto da Micro Bacia do Rio Sagrado, os indicadores territoriais socioambientais podem permitir melhorar os processos de educação e gestão da biodiversidade, pois a sustentabilidade atual e futura é fundamental. Neste sentido os indicadores construídos de maneira conjunta com a comunidade, isto é, a partir do próprio olhar das pessoas que ali moram, possibilitam que se apontem as necessidades reais do território. 1.3.2. Justificativa e Relevância Prática A região onde se pretende desenvolver o projeto está inserida na Área de Preservação Ambiental (APA) de Guaratuba, Unidade de Conservação Estadual de Uso Sustentável, instituída pelo Decreto Estadual nº 1.234 de 27/03/92, que abrange os Municípios de Guaratuba, Morretes, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul, Paranaguá e Matinhos, com uma área de 199.596,5 ha. Além disso, o território integra a Bacia Hidrográfica Litorânea, inserida na Reserva da Biosfera (REBIO) de Floresta Atlântica. A primeira justificativa pratica centra-se na possibilidade de dar continuidade e complementaridade a outros trabalhos desenvolvidos no território. Na Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento existe uma rede esforços entre membros comunitários, pesquisadores, atores públicos entre A CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE INDICADORES TERRITORIAIS SOCIOAMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL. ANÁLISE PROPOSITIVA PARA AS COMUNIDADES DO RIO SAGRADO, MORRETES (PR): Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento. 25 outros que trabalham por um outro desenvolvimento, integrado e sustentável para o território e suas comunidades. Cabe apontar que este projeto de dissertação em todos seus desdobramentos, na sua fase de construção, possibilitou a aprovação de quatro editais: Edital de Apoio e Fortalecimento do Ministério de Turismo (2008), edital de Extensão Universitária do Ministério de Cultura (2008), Programa de Intervivência Universitária do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Programa de Diagnósticos e Indicadores Participativos financiado pelo departamento de Extensão da Universidade Regional de Blumenau (2009). Enfatiza-se a necessidade e relevância de abordagens interdisciplinares e até mesmo transdisciplinares para a construção dos indicadores territoriais socioambientais, face à complexidade da problemática territorial existente (HENRIQUEZ et al., 2008). É por isto, que este trabalho vale-se da integração, em momentos e graus diferentes, de pesquisadores (doutores, mestres, mestrandos e graduandos, provenientes de diferentes áreas do conhecimento), membros comunitários em diferentes faixas etárias, sociedade civil organizada, ativistas sociais, setor publico e setor privado no decorrer da pesquisa. O resultado da pesquisa pode melhorar a inserção dos socioempredimentos em redes de comércio justo. Os Indicadores territoriais socioambientais participativos poderão fornecer informações para a construção de futuras políticas públicas na área da educação. A CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE INDICADORES TERRITORIAIS SOCIOAMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL. ANÁLISE PROPOSITIVA PARA AS COMUNIDADES DO RIO SAGRADO, MORRETES (PR): Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento. 26 1.4. OBJETIVOS 1.4.1. Objetivo Geral Desenvolver um construto teórico - empírico que permita justificar uma metodologia de indicadores territoriais socioambientais participativos na Sub Bacia de Rio Sagrado e analisá-los como potencializadores para melhorar processos de desenvolvimento regional sustentável. 1.4.2. Objetivos Específicos A) Desenvolver um diagnóstico “intergeracional” socioambiental participativo do território da Sub Bacia do Rio Sagrado, visualizando as principais atividades produtivas, assim como os principais problemas sócioambientais no território. B) Construir indicadores socioambientais participativos que permita chamar a atenção e tente dar respostas aos principais problemas identificados no diagnostico. 1.5. PERGUNTAS DE PESQUISA A) De que forma estudar, visualizar e compreender os principais problemas socioambientais do território da Micro Bacia de Rio Sagrado? A CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE INDICADORES TERRITORIAIS SOCIOAMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL. ANÁLISE PROPOSITIVA PARA AS COMUNIDADES DO RIO SAGRADO, MORRETES (PR): Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento. 27 B) Quais seriam os indicadores socioambientais que poderiam ser usados como uma referência para iniciar o tema do trabalho e que podem interferir no processo de desenvolvimento territorial sustentável das comunidades da Micro- Bacia do Rio Sagrado? C) De que forma aproveitar os indicadores socioambientais para possibilitar a continuidade do projeto nas comunidades da Micro bacia do Rio Sagrado? 1.6. LIMITAÇÕES DA PESQUISA Uma das principais limitações faz referencia aos membros da própria comunidade do Rio Sagrado, que pelas condições sociais apresentam índices muito baixos de escolaridade2, o que conseqüentemente se traduz, em uma série de dificuldades no inicio desta pesquisa, para eles compreender a importância e funcionamento dos indicadores socioambientais. Outra das dificuldades vivenciadas neste processo foi a participação. Como já comentado anteriormente, a distribuição das habitações é de tipo “disperso”, muitas delas propriedades rurais, distribuídas ao longo de estradas secundárias, muito distantes umas das outras, o que dificulta o contato e consequentemente a coesão social e participação. Também é possível mencionar que o território faz parte de unidade de conservação denominada Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaratuba, percebeu-se que a comunidade sabe que mora em uma unidade de conservação mais pouco entende o que isto significa. O fato deles saberem 2 Para um maior aprofundamento sugere-se como leitura a dissertação da mestre Flavia Kelle Alves, 2008. A CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE INDICADORES TERRITORIAIS SOCIOAMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL. ANÁLISE PROPOSITIVA PARA AS COMUNIDADES DO RIO SAGRADO, MORRETES (PR): Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento. 28 que moram em uma APA faz com que as pessoas apresentem certo grau de receio ao falar de problemas ambientais, uso de agrotóxicos, desmatamento, caça entre outras coisas. Neste contexto também vale a pena ressaltar que o fato dessas comunidades estarem em contato constante com uma natureza exuberante, dificulta a sua percepção quanto aos problemas ambientais, que gradativamente já estavam surgindo na área. Contudo, acredita-se que ao longo da pesquisa, essa percepção tenha começado a surgir, tornando-os mais sensíveis e perceptivos quanto ao tema consciência ecológica. Por ultimo, faço menção à dificuldade de encontrar dados secundários sobre o território. Percebeu-se que os órgãos públicos mostraram-se um tanto receosos em colaborar com o pesquisador no repasse de informações. Em outras ocasiões a dificuldade deu-se por falta de vontade, e entendimento da pesquisa, por parte dos servidores públicos. A CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DE INDICADORES TERRITORIAIS SOCIOAMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL. ANÁLISE PROPOSITIVA PARA AS COMUNIDADES DO RIO SAGRADO, MORRETES (PR): Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento. 29
Fonte:
ZUÑIGA, CHRISTIAN HENRIQUEZ SOCIOAMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL. ANÁLISE PROPOSITIVA PARA AS COMUNIDADES DO RIO SAGRADO, MORRETES (PR): Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional - do Centro de Ciências Humanas e da Comunicação da Universidade Regional de Blumenau - FURB, como requisito parcial para obter o grau acadêmico de Mestre em Desenvolvimento Regional. Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Cioce Sampaio. BLUMENAU 2009

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Identificação do Estado de Sucessão da Vegetação Na áreas de APP na Velha Grande e Velha Central

Justificativa: Mobilização social na gestão de riscos e de desastres - Gestão dos desastres é vista como um ciclo composto por quatro etapas prevenção, resposta e reconstrução. Gerenciamento de riscos e de desastres, implicando processos relacionados ao planejamento, a organização e ao controle de recursos, dos riscos e das vulnerabilidades sociais, marco de ação de Hyogo, Estratégias para redução de riscos e desastres, políticas de planejamento de desenvolvimento sustentável, instituições, mecanismos e capacidades, aumento a resiliência ante ás ameaças, redução de riscos e recuperação a afetados. (WCDR, 2005) A necessidade de criar uma cultura de seguridade e resistência ante aos desastres sucitou a importância, então, de incluir debates acerca da diversidade cultural e gênero, participação comunitária e desenvolvimento de competências e transferência de tecnologias. Resiliência ‘a capacidade de uma comunidade ou sociedade, potencialmente exposta a ameaças, para adaptar-se, resistindo ou modificando, ... (EIRD, 2004). Dois aspectos Resiliência organização comunitária e processo continuo de ensino e aprendizagem. Não vamos para o ginásio, naquele amontoado de gente. Vanderleia e seus três filhos foi uma das famílias que estão sendo notificadas no Morro Artur no Bairro Garcia. O protesto é da trabalhadora de serviços gerais Vanderleia Varella, 41 anos, mãe de três filhos, que mora há 18 anos no Morro do Artura, final da Rua Progresso no Distrito do Garcia em Blumenau. Ela é uma das oitenta famílias que foram notificadas pela Defesa Civil para deixarem o morro em função do perigo de deslizamentos. Doze tiveram que deixar o local e se abrigar numa escola na semana passada. Algumas famílias do Morro do Artur estão indo para a casa de parentes e amigos e, poquíssimas aceitam como última alternativa irem para um abrigo improvisado pela prefeitura de Blumenau na Escola Municipal Dom Pedro II no Bairro Progresso. - Precisamos de um tempo para achar uma casa para alugar. Mas para o ginásio não vamos - diz Vanderleia que prefere ser removida à força pela polícia, conforme prometeu a Defesa Civil para os casos em que houver resistência. Para o presidente da AEAMVI Juliano Gonçalves, a administração municipal age equivocadamente: - Não é assim que se resolve essa situação. Era necessário, conforme já advertimos bem antes da tragédia de 2008 um Plano de Habitação para essas famílias. É necessário tirar essas famílias das áreas de risco, mas é preciso dar a elas condições dignas de moradia. A prefeitura mais uma vez age de maneira equivocada. O local onde criou seus filhos durante 18 anos terá que ser abandonado imediatamente. Nas primeiras horas desta sexta-feira, a trabalhadora de serviços gerais Vanderleia Varella, 41 anos, separada, mãe de um rapaz de 19 anos, outro de 15 e de uma moça de 18 foi notificada pela Defesa Civil de Blumenau. Foi a primeira família a ser abordada nesta sexta-feira, por uma equipe multidisciplinar no alto do Morro do Artur, que passou de risco monitorado para risco iminente em função das chuvas que caíram na última semana. O trabalho prossegue neste sábado. Outra equipe trabalha no Bairro da Velha, onde situação semelhante acontece. No Morro do Artur são aproximadamente 100 famílias que vivem em área de risco, mas 35, que vivem em situação mais perigosa é que estão recebendo a determinação para abandonarem imediatamente suas casas. Na sexta-feira uma família se prontificou a deixar imediatamente o local. Outras resistem, a exemplo da de Vanderleia. - Meus meninos foram ver onde querem colocar a gente lá na escola e não gostaram. É um ginásio. Querem amontoar a gente num lugar só. Precisamos de um tempo para encontrar uma casa para alugar – protestou Vanderleia. Na manhã deste sábado ela estava apavorada porque chegara de uma reunião, no pé do morro, onde ouviu a informação de que a Polícia Militar iria retirá-los à força do local ainda neste sábado. O abrigo que a Defesa Civil montou para as famílias do Morro Artur fica na Escola Municipal Dom Pedro II. ( AEAMVI, 2011) Magali Moser se diz uma jornalista inquieta. Em fevereiro de 2007 ela e o o fotógrafo Jandir Nascimento percorreram 17 áreas de pobreza em Blumenau e publicaram no Jornal de Santa Catarina uma série de reportagem intitulada "Cidade Escondida". A produção chocou Blumenau, que até então era conhecida como uma cidade rica, berço da Oktoberfest, regada à chope e alegria. A inquietação de Magali prosseguiu e resultado num outro trabalho de fôlego: uma pesquisa feita à campo em 47 áreas de pobreza em Blumenau. Ela apurou que esse universo vai mais além. Mas preferiu ficar no que foi pesquisado. Trata-se de um trabalho científico, sem vínculo partidário, ou atrelado à algum setor da sociedade. Ela obteve o apoio da Fundação Cultural, que foi aprovado por um conselho. Mas o trabalho desenvolvido entre outubro do ano passado e março deste ano não foi fácil, conforme confessa Magali: - As condições geográficas de Blumenau contribuem para que a grande maioria das áreas de concentração de pobreza fique encoberta, atrás dos morros, em terrenos distantes. Não havia até então um levantamento, um estudo que desse a dimensão da pobreza na cidade. Os dados existentes até então eram muito imprecisos. Existiam poucos trabalhos sobre áreas específicas e não um estudo que mostrasse um panorama geral dessa questão. A partir dessas constatações, amadureci a idéia de desenvolver um estudo que servisse como fonte de pesquisa e consulta sobre o tema. Um dos principais avanços foi a produção de um mapa que identifica 47 áreas de concentração de pobreza em Blumenau. O mapa foi produzido com a ajuda da professora da Furb, assistente social e doutora em Geografia pela UFSC, Jacqueline Samagaia. - As dificuldades foram muitas... – prossegue Magali. - A começar pela ausência de dados. A própria prefeitura de Blumenau não dispõe de um levantamento sobre as áreas de concentração de pobreza na cidade. Somente depois de ter apresentado o projeto e de vê-lo aprovado eu realmente percebi o desafio que tinha pela frente. Havia muitas informações desencontradas nos setores da prefeitura e a pobreza é sempre um tema que, historicamente, as cidades preferem ocultar. Enfrentei outras resistências como a pressão do tempo, já que a proposta foi mapear as mais de 40 áreas de pobreza de Blumenau – e isso me exigiu obviamente fazer um trabalho de campo em todas elas – e eu tive apenas seis meses para a produção de toda a pesquisa, entrevistas e texto. Houve resistências também, me acusaram de tentar denegrir o turismo na cidade, essas coisas. Mas esse tipo de reação partiu de quem não conheceu a fundo a real proposta do projeto. A jornalista relata que uma das coisas que mais lhe impressionou ao conhecer melhor a realidade dessas comunidades foi perceber a capacidade de mobilização, luta e resistência de quem mora nessas áreas. O engajamento e a organização das associações de moradores na luta por direitos mínimos, como acesso à água, energia elétrica, serviços de saúde ou escola, por exemplo. - Os problemas de consumo e comércio de drogas que existem em algumas das áreas são uma demonstração clara de que a falta de políticas públicas nesses locais gera uma reação – frisa Magali. A sua declaração corrobora o que já disse Juliano Gonçalves em julho do ano passado. Os objetivos principais da pesquisa de Magali foram provocar a discussão sobre pobreza em Blumenau, dar voz aos moradores de áreas excluídas e chamar a atenção da cidade para isso, para que a sociedade tome consciência da pobreza. Segundo ela, além disso, a intenção foi desmistificar algumas idéias relacionadas ao tema. - O senso comum costuma associar a pobreza à migração, mas os dados do IBGE e do SIGAD, da Furb, mostram que o aumento da pobreza em Blumenau não se deve ao fato de a cidade ter empobrecido. A concentração de renda, o abismo entre pobres e ricos, é o que se acirrou – finalizou ao jornalista. Lei de APP? Objetivos Gerais Este estudo tem como propósito em aproximar a comunidade e suas organizações associativas, o poder estatal para sensibilizar na necessidade em construir a prevenção a partir de uma cultura de resiliência comunitária com potencialidade preventiva a exposição a ameaças, adaptando-se, resistindo ou modificando, com fim de alcançar ou manter um nível aceitável em seu funcionamento e estrutura. Objetivos específicos a) Mapear as áreas de ocupação humana em APP; b) Identificar o estado da vegetação local; c) Pesquisar os declives e com vulnerabilidades; d) Estudar a resiliência comunitárias nas APP dos Bairros Velha Grande e Velha Central Metodologia Cronograma Março de 2011 a março de 2012 Bibliografias Com Ciência Ambiental Dialogando para um mundo melhor, p. 78 a 89 caderno espacial ano 5, nº 28, 2010. ______________ www.concienciaambiental.com.br http://www.aeamvi.com.br/noticias-completa/--nao-vamos-para-o-ginasio-naquele-amontoado-de-gente. Acesso 10 de fevereiro de 2011.______________ http://www.aeamvi.com.br/noticias-completa/pesquisa-de-jornalista-mostra-uma-realidade-escondida-pela-omissao-governamental-o-processo-de-favelizacao-em-blumenau

Relevo e Declives de Blumenau estudando as localidades de risco e vulnerabilidade para pensar resiliência na ocupação da Grande Velha

Justificativa: Mobilização social na gestão de riscos e de desastres - Gestão dos desastres é vista como um ciclo composto por quatro etapas prevenção, resposta e reconstrução. Gerenciamento de riscos e de desastres, implicando processos relacionados ao planejamento, a organização e ao controle de recursos, dos riscos e das vulnerabilidades sociais, marco de ação de Hyogo, Estratégias para redução de riscos e desastres, políticas de planejamento de desenvolvimento sustentável, instituições, mecanismos e capacidades, aumento a resiliência ante ás ameaças, redução de riscos e recuperação a afetados. (WCDR, 2005) A necessidade de criar uma cultura de seguridade e resistência ante aos desastres sucitou a importância, então, de incluir debates acerca da diversidade cultural e gênero, participação comunitária e desenvolvimento de competências e transferência de tecnologias. Resiliência ‘a capacidade de uma comunidade ou sociedade, potencialmente exposta a ameaças, para adaptar-se, resistindo ou modificando, ... (EIRD, 2004). Dois aspectos Resiliência organização comunitária e processo continuo de ensino e aprendizagem. Não vamos para o ginásio, naquele amontoado de gente. Vanderleia e seus três filhos foi uma das famílias que estão sendo notificadas no Morro Artur no Bairro Garcia. O protesto é da trabalhadora de serviços gerais Vanderleia Varella, 41 anos, mãe de três filhos, que mora há 18 anos no Morro do Artura, final da Rua Progresso no Distrito do Garcia em Blumenau. Ela é uma das oitenta famílias que foram notificadas pela Defesa Civil para deixarem o morro em função do perigo de deslizamentos. Doze tiveram que deixar o local e se abrigar numa escola na semana passada. Algumas famílias do Morro do Artur estão indo para a casa de parentes e amigos e, poquíssimas aceitam como última alternativa irem para um abrigo improvisado pela prefeitura de Blumenau na Escola Municipal Dom Pedro II no Bairro Progresso. - Precisamos de um tempo para achar uma casa para alugar. Mas para o ginásio não vamos - diz Vanderleia que prefere ser removida à força pela polícia, conforme prometeu a Defesa Civil para os casos em que houver resistência. Para o presidente da AEAMVI Juliano Gonçalves, a administração municipal age equivocadamente: - Não é assim que se resolve essa situação. Era necessário, conforme já advertimos bem antes da tragédia de 2008 um Plano de Habitação para essas famílias. É necessário tirar essas famílias das áreas de risco, mas é preciso dar a elas condições dignas de moradia. A prefeitura mais uma vez age de maneira equivocada. O local onde criou seus filhos durante 18 anos terá que ser abandonado imediatamente. Nas primeiras horas desta sexta-feira, a trabalhadora de serviços gerais Vanderleia Varella, 41 anos, separada, mãe de um rapaz de 19 anos, outro de 15 e de uma moça de 18 foi notificada pela Defesa Civil de Blumenau. Foi a primeira família a ser abordada nesta sexta-feira, por uma equipe multidisciplinar no alto do Morro do Artur, que passou de risco monitorado para risco iminente em função das chuvas que caíram na última semana. O trabalho prossegue neste sábado. Outra equipe trabalha no Bairro da Velha, onde situação semelhante acontece. No Morro do Artur são aproximadamente 100 famílias que vivem em área de risco, mas 35, que vivem em situação mais perigosa é que estão recebendo a determinação para abandonarem imediatamente suas casas. Na sexta-feira uma família se prontificou a deixar imediatamente o local. Outras resistem, a exemplo da de Vanderleia. - Meus meninos foram ver onde querem colocar a gente lá na escola e não gostaram. É um ginásio. Querem amontoar a gente num lugar só. Precisamos de um tempo para encontrar uma casa para alugar – protestou Vanderleia. Na manhã deste sábado ela estava apavorada porque chegara de uma reunião, no pé do morro, onde ouviu a informação de que a Polícia Militar iria retirá-los à força do local ainda neste sábado. O abrigo que a Defesa Civil montou para as famílias do Morro Artur fica na Escola Municipal Dom Pedro II. ( AEAMVI, 2011) Magali Moser se diz uma jornalista inquieta. Em fevereiro de 2007 ela e o o fotógrafo Jandir Nascimento percorreram 17 áreas de pobreza em Blumenau e publicaram no Jornal de Santa Catarina uma série de reportagem intitulada "Cidade Escondida". A produção chocou Blumenau, que até então era conhecida como uma cidade rica, berço da Oktoberfest, regada à chope e alegria. A inquietação de Magali prosseguiu e resultado num outro trabalho de fôlego: uma pesquisa feita à campo em 47 áreas de pobreza em Blumenau. Ela apurou que esse universo vai mais além. Mas preferiu ficar no que foi pesquisado. Trata-se de um trabalho científico, sem vínculo partidário, ou atrelado à algum setor da sociedade. Ela obteve o apoio da Fundação Cultural, que foi aprovado por um conselho. Mas o trabalho desenvolvido entre outubro do ano passado e março deste ano não foi fácil, conforme confessa Magali: - As condições geográficas de Blumenau contribuem para que a grande maioria das áreas de concentração de pobreza fique encoberta, atrás dos morros, em terrenos distantes. Não havia até então um levantamento, um estudo que desse a dimensão da pobreza na cidade. Os dados existentes até então eram muito imprecisos. Existiam poucos trabalhos sobre áreas específicas e não um estudo que mostrasse um panorama geral dessa questão. A partir dessas constatações, amadureci a idéia de desenvolver um estudo que servisse como fonte de pesquisa e consulta sobre o tema. Um dos principais avanços foi a produção de um mapa que identifica 47 áreas de concentração de pobreza em Blumenau. O mapa foi produzido com a ajuda da professora da Furb, assistente social e doutora em Geografia pela UFSC, Jacqueline Samagaia. - As dificuldades foram muitas... – prossegue Magali. - A começar pela ausência de dados. A própria prefeitura de Blumenau não dispõe de um levantamento sobre as áreas de concentração de pobreza na cidade. Somente depois de ter apresentado o projeto e de vê-lo aprovado eu realmente percebi o desafio que tinha pela frente. Havia muitas informações desencontradas nos setores da prefeitura e a pobreza é sempre um tema que, historicamente, as cidades preferem ocultar. Enfrentei outras resistências como a pressão do tempo, já que a proposta foi mapear as mais de 40 áreas de pobreza de Blumenau – e isso me exigiu obviamente fazer um trabalho de campo em todas elas – e eu tive apenas seis meses para a produção de toda a pesquisa, entrevistas e texto. Houve resistências também, me acusaram de tentar denegrir o turismo na cidade, essas coisas. Mas esse tipo de reação partiu de quem não conheceu a fundo a real proposta do projeto. A jornalista relata que uma das coisas que mais lhe impressionou ao conhecer melhor a realidade dessas comunidades foi perceber a capacidade de mobilização, luta e resistência de quem mora nessas áreas. O engajamento e a organização das associações de moradores na luta por direitos mínimos, como acesso à água, energia elétrica, serviços de saúde ou escola, por exemplo. - Os problemas de consumo e comércio de drogas que existem em algumas das áreas são uma demonstração clara de que a falta de políticas públicas nesses locais gera uma reação – frisa Magali. A sua declaração corrobora o que já disse Juliano Gonçalves em julho do ano passado. Os objetivos principais da pesquisa de Magali foram provocar a discussão sobre pobreza em Blumenau, dar voz aos moradores de áreas excluídas e chamar a atenção da cidade para isso, para que a sociedade tome consciência da pobreza. Segundo ela, além disso, a intenção foi desmistificar algumas idéias relacionadas ao tema. - O senso comum costuma associar a pobreza à migração, mas os dados do IBGE e do SIGAD, da Furb, mostram que o aumento da pobreza em Blumenau não se deve ao fato de a cidade ter empobrecido. A concentração de renda, o abismo entre pobres e ricos, é o que se acirrou – finalizou ao jornalista. Objetivos Gerais Este estudo tem como propósito em aproximar a comunidade e suas organizações associativas, o poder estatal para sensibilizar na necessidade em construir a prevenção a partir de uma cultura de resiliência comunitária com potencialidade preventiva a exposição a ameaças, adaptando-se, resistindo ou modificando, com fim de alcançar ou manter um nível aceitável em seu funcionamento e estrutura. Objetivos específicos a) Identificar as áreas vulneráveis no relevo da região oeste de Blumenau; b) Mapear os declives dos bairros da Velha Grande e Velha Central; c) Estudar as localidades da ocupação do território em situação de risco; d) Pesquisar o grau de mobilização social e a resiliência comunitária. Metodologia Cronograma Março de 2011 a março de 2012 Bibliografias Com Ciência Ambiental Dialogando para um mundo melhor, p. 78 a 89 caderno espacial ano 5, nº 28, 2010. ______________ www.concienciaambiental.com.br http://www.aeamvi.com.br/noticias-completa/--nao-vamos-para-o-ginasio-naquele-amontoado-de-gente. Acesso 10 de fevereiro de 2011. ______________ http://www.aeamvi.com.br/noticias-completa/pesquisa-de-jornalista-mostra-uma-realidade-escondida-pela-omissao-governamental-o-processo-de-favelizacao-em-blumenau.

Etnografia da Velha Central: Estudo de Caso

Osni Valfredo Wagner Dr. Marilda C. G. da Silva Resumo A partir da História Oral com indivíduos selecionados na localidade da Velha Central Analisando o vale era local central de caça, depois foi por muito tempo espaço ocupado para atividade da produção agrícola, hoje a idéia de territorialidade é muito mais urbana do que territorialidade rural, podemos verificar vestígios no local que caracterizam a ruralidade e a agricultura. Palavras Chaves: SAÚDE - COTIDIANO – TERRITÓRIO Introdução O que comem hoje¿ O que comia e o que não se come mais¿ Quais hábitos culinários da mãe¿ O que comia na casa da mãe¿ Metodologia Pesquisa ação história oral no Bairro da Velha Central, a construção da identidade do final do século XIX, século XX e inicio do século XXI. Fundamentação teórica história do território A autora Ecléa Bosi apresenta duas memórias: “O passado conserva-se e, além de conservar-se, atua no presente, mas não de forma homogênea. De um lado, o corpo guarda esquemas de comportamentos de que se vale muitas vezes automaticamente na sua ação sobre as coisas: trata-se da memória-hábito, memória dos mecanismos motores. De outro lado, ocorrem lembranças independentes de quaisquer hábitos: lembranças isoladas, singulares, que constituiriam autênticas ressurreição do passado.” (Bosi, p. 48, 1994). Como se dá na prática a memória das pessoas o que Bosi apresenta como memória-hábito e o singular, essa analise contribui ao pesquisado em analisar o que os entrevistados respondem em uma pesquisa ação etnográfica a exemplo de Candido a seguir. A distribuição das glebas de terras entre famílias: O processo de colonização estrangeira a luta contra a natureza Com a fundação da colônia Blumenau instaura-se uma nova visão de natureza na região, forjada por meio do padrão ocupacional estabelecido pelo processo de colonização estrangeira (...) No vale do Itajaí (...) através da aquisição de pequenas glebas de terra e, (...) recrutados diretamente em diversos países da Europa (...) uma área que era ecologicamente diferente da região de origem (...) estabelecia lotes que variavam de 25 a 30 hectares como tamanho ideal para a fixação das famílias de imigrantes. (...) Os imigrantes tentaram adaptar as suas formas de manejo do solo às condições ambientais da região.a natureza, pois a floresta constitui um obstáculo de desenvolvimento da agricultura. (...) Como o passar do tempo, estas práticas de manejo dos solos mostram-se inadequadas, intensificando a busca de novos espaços e (...) uma pressão maior sobre os recursos naturais, que consideravam inesgotáveis. (...) O colono se comporta na natureza como um elemento que não faz parte da natureza (...) Mattedi, p. 30 e 33,2000). Em 1875, Ieski, era proprietário desde o então Terminal hoje até o Incano, era acordado na época que somente famílias oriundas do alemão poderiam comprar essas terras, aos poucos foram vendidas essas terras com objetivo de povoamento, permitindo a troca de produtos desenvolvendo essa localidade longe do então centro de Blumenau que caracterizava cidade. Uma picada no moro do macaco hoje, ‘alfberg’ (em alemão precisa ver a escrita certa com informantes) picada do macaco, a Velha Central que servia para caça, provavelmente essa picada a partir do Passo Manso pelo Rio Itajaí-Açú. As canoas eram o transporte que existia nessa época. Anos de 1950 e 1960, clima e desastres com furacões, geadas, seca e enxurradas: Segundo a entrevista com morador, o local foi alvejado por furacões em 1954, geadas e seca, a enxurrada de 1961, derruba potes do Ribeirão da Velha Central, Ribeirão Velha, atingindo o CCVC em um metro (1 mt), na Rua José Reuter lamina de água e cinqüenta centímetros (50 cm). A partir de 1963 até 1965 cerca de 31 famílias - 150 indivíduos receberam ajuda numa espécie de fome zero da época, cada família recebia em expécie de auxilio: 2 kg de trigo, 2 kg de fubá, 1 kg de leite, 1 kg de granulado, 750 g de manteiga e meio litro de azeite (lata); (para sete indivíduos). Aparece ainda no livre nas espécie de auxilio o queijo, batatinha, carne, chocolate, feijão, bulgur, roupas, sagu, açúcar, nesta ajuda alimentar do Núcleo Santa Cruz Velha Central Blumenau foi distribuído mês a mês de 09 de fevereiro de 1963 até 16 de outubro de 1965. A idéia de núcleo significa que existiam outros núcleos neste núcleo analisado aparece transferido para outro núcleo na cidade de Blumenau. Algumas páginas aparece além dos alimentos aparece a palavra recuperado. Economia Rural: Economia local baseada na agricultura de subsistência é forte em cerca de 15 famílias aparecem 28 sobrenomes, dos primeiros proprietários meados dos anos de 1960, na Velha central antiga propriedade de IESKI, Economia Extrativista: São quatro famílias que dominam o extrativismo madeireiro. A atividade do extrativismo da madeira tem força até os anos de 1970, já se pode ver programas do tipo ‘fome zero’ de 1962 até 1966; a maioria das famílias são da Velha Grande, local impróprio para a agricultura de subsistência, apenas o extrativismo serve como maneira de sobrevivência, as caçadas de tatu são conhecidas até hoje. Comparando a história oral com a pesquisa de Candido podemos ter uma visão mais clara da base alimentar na agricultura de subsistência no Vale do Itajaí, e em especial na Velha Central. O autor Antonio Candido analisa a subsistência em 1954, paulista A dieta do cardápio: “A carne de frango, que aparece três vezes na semana, (...); a carne de porco, que aparece duas vezes, (...) uma vez a carne de vaca e quati. A farinha, sempre de milho (...) troca uma alqueire de grão por outro de farinha, (...) o feijão e o arroz, (...) maçarão e manjuba (peixe), poucas vezes carne de vaca uma vez por mês; banha; café (100 1 ano); açúcar (3 sacos por ano); sal (1 saco por ano); pinga para uso da casa (1 garrafa de 15 em 15 dias).” (Candido, p. 132, 133, 1997). Na pagina 134 aparece à lingüiça, o tomate, a cebola, a batatinha, o ovo, carne tatuetê e pão frito. Na marmita como merenda no trabalho de concerto de estrada. Nomes da Famílias: por volta de 1879 por Iesky (iuguslavo) em ‘alemão’ Geske... Além da curiosidade que os sobrenomes em seus significados e origens é a distribuição no território na memória do local o entrevistado Orlando Theis descreve na seqüência o que era a Velha Central: Grahl, Vogelbacher, Hoemke, Bachamann, Franz Reuter, Reinold, Reuter, Germer Seefeld, Brehmer, Seefeld, Brehmer, Babel, Seibt, Zager, (Iscki) Geske. Müller, Bartel, Roepek, Vogel, Hzvdtung, Butzk, Roepek, Vogel, Hzvdtung, Butzk, ebien, Kstivn, Michemzun, Kort, Ciecielski, Ruediger. Estes sobrenomes são da memória do informante que foi aluno nos anos de 1954 na antiga Escola no local que é a igreja luterana, fundos da capela de 1932. ¹Orlando Treiss A lista 50 sobrenomes Babel, Bachmann, Bieging, Birr, Bornhoffen, Brandel, Brehmer, Bublitz, Butag, Butzke, Ergert, Gehrke, Germer, Geske, Grahl, Gielow, Hadlich, Hartung, Junger, Kauhn, Koch, Korte, Kluge, Loss, Michelmann, Müller, Orth, Persk, Petters, Preilipper, Reiter, Röpke, Rüdigir, Ruscler, Schneider, Schrader, Scröder, Seibt, Strese, Teske, Thomsen, Trapp, Trentin, Vetter, Weigmann, Weise, Wollinger e Zeger (Clube e Caça e Tiro Velha Central, 1 de maio de 1900). Outra lista além desses podemos observar os da Ação Social da Paróquia São Paulo Apostulo núcleo da Velha Central: Affonso Kratz e Erica Kratz e cinco filhos: Por volta de 1925 a cavalo por uma picada vinha-ce do centro da ‘cidade’ a cavalo João Durval Müller, conforme registro de Wally Geski, para lecionar.Na igreja luterana da Velha Central, na Rua José Reuter podemos ver a data de 1932, pelo história oral testemunho vivo Entrevistado¹ Schützenvrein Velha Tiefe, funcionava na Rua Bernardo Reiter num terreno pertencente a família Bachmann que pegou fogo e passou-se para um terreno da família Wehmuth em 1939 muda o nome para Atiradores Velha Fundos, em 1946 foi fechado, depois voltou como Sociedade esportiva Velha Central e depois Clube Caça e Tiro Velha Central². Dieta Alimentar da Velha Central 1- O que comem hoje¿ 2- O que comia e o que não se come mais¿ 3- Quais hábitos culinários da mãe¿ 4- O que comia na casa da mãe¿ A letra (E) será para Entrevista. O então Bairro da Velha Central, foi desbravado. A primeira (E)³ O que come hoje¿ O feijão, batata, o arroz, verduras e carne, verduras: O tomate, cenoura, brócolis e repolho, só não vai o nabo e pepino ataca estomago, carnes: de gado, suíno e frango pouco peixe. (E)4 O que come hoje¿ Carne la em casa só eu que compro: frango, suíno e de gado e o peixe, eu gosto de pescar, estava agora mesmo falando de pescaria. Um dia é frango, o outro dia é porco e o outro dia é gado ou peixe, Na minha casa nunca compro só um tipo de carne nunca fiz disso. Verduras têm que ter todo dia até cebola crua, meu filho come também deve ser por que como. Tudo de verdura que tem no feirão inclusive taiá frito com beicon feito salada até azedo, cozinha e esfria com cebola escalda e depois limão. Tipo de peixe que pesca¿ a tilapia é o que mais gosto! Hoje acha¿ a tilapia de lagoa, se for comprar no mercado a pescada, pescada refere-se ao peixe do mar. Eu como farinha, O que come do passado¿ meu pai come farinha todos os dias acho que ele não tem problemas de diabetes, colesterol. Dizem que a farinha é bom pra saúde gosto do peixe com farinha de mandioca. O Presidente4 da Associação de Moradores da Rua dos Caçadores revelou alguns sobrenomes de moradores mais antigos: Empke na José Reuter, Inita Morch, Trapp na Divinópolis, os Volgelbch tem alguns dos irmãos já faleceram, é da Transversal da José Reuter. O senhor Hadlich das baterias tem a roda d’água, os Brehmer em frente o Amigão na José Reuter, na Velha Central. A próxima entrevista pretendo fazer na residência do senhor Hadlich das baterias como é conhecido, é interessante que essa família tem algumas vacas e a roda d’água, que atualmente é utilizada para carregar baterias. Analise dos dados Os carboidratos são a biomoléculas mais abundantes na natureza, apresentam como formula geral [C(H2 O)n3 com ampla variedade de funções, entre elas: Fonte de energia Reserva de energia, estrutural e matéria-prima para a biossintese de outras biomoléculas. Pensar essa questão da química que colocamos em nosso organismo a partir dos alimentos, neste caso a analise perpassa pelos carboidratos, temos uma cultura de alimentação a base de carboidratos, requer uma habito cultural, a cultura de comer carboidratos. Essa cultura é uma cultura intergeracional de avos, pais e filhos. Perguntar por que se come determinado alimento na dieta alimentar¿ como o caso dos carboidratos como base da dieta alimentar faz com que se entenda a cultura que se tem como base alimentar, ao mesmo tempo é possível compreender as relações sociais que se tem em torno dessa cultura social como base alimentar de uma comunidade, que se relaciona na aquisição desse alimento e outras comunidades. A relação entre gerações de uma mesma família da comunidade faz compreender a importância que se dá a determinado alimento tanto na questão psicológica bem como a relação com a natureza a partir dos recursos naturais existentes no local. Essa relação entre avos, filhos e netos em se alimentar por dietas alimentares em comunidades tradicionais ou a partir de alimentos oriundos de comunidades tradicionais historicamente. Essa analise de cultura de dieta alimentar e relação sociais em torno da dieta alimentar diretamente nos indivíduos e relações com outros indivíduos e comunidades ³Mario Cesar 75 anos, mora 60 é católico anos em Blumenau veio de Florianópolis, 4Salezio Rheinzen 50 anos mora em Blumenau desde os 18 anos, nasceu em Tubarão foi para o Paraná com dois anos trabalha autônomo. 5Senhor Toninho Dieta alimentar tradicional intrergeracional O que se come hoje e o que se comia nas gerações anteriores? A cultura de se alimentar a base de tubérculos ainda é freqüente em alguns jovens a exemplo do taiá. Bem como a presença de hortaliças na dieta alimentar, a contribuição efetiva do hábitos dos avós, pais fazem com que os filhos se acostume a se alimentarem também da mandioca. As variações da carne de gado, de porco e frango, o peixe, passam muito mais pelo poder de compra. A salsicha, o ovo é escolhido também pela facilidade de preparo. O leite, o café, a margarina, queijo, mortadela e presuntos são para acompanhar no pão, tem a praticidade, mas é muitas vezes raro no dia-a-dia. O que se come no trabalho, o que se come em casa e o que se come finais de semana, são distintos. Como os alimentos agem em nosso organismo? A base da mandioca não apresenta problemas com colesterol, por outro lado a base de cabriodrato exemplo: a batata inglesa (engorda?); a base de feijão e arroz? Qual é o resultado dessa dieta para a saúde? A carne suína, a carne bovina, a carne de frango? Como agem no organismo humano como alimento de base. O alimento base que as famílias costumam ingerir, o alimento base é o alimento que se apresenta diariamente como principal, está presente na maioria das refeições em determinado grupo social, comunidade e ou sociedade. A partir das informações sobre a dieta alimentar se poderá verificar se esse cardápio é saudável, ou não sendo saudáveis se poderão verificar preventivamente as patologias do tipo: colesterol, diabetes, pressão alta, entre outros causados pelos alimentos que comemos diariamente. Outra analise pela química é a ação das proteínas (carne) em nosso organismo, estrutura de nossos ossos e músculos. As fibras dos carboidratos é outro alimento que estrutura o caso do feijão e a base de amido (milho, batatinha inglesa a ‘branca’). Podemos viver com carboidratos¿ ou é necessário viver com proteínas¿ Leguminosas, as verduras qual seu papel¿ as frutas em que contribui¿ Bibliografia BOSI, Ecléa MEMÓRIA E SOCIEDADE LEMBRANÇAS DE VELHO, 3ª ED. – São Paulo : Companhia das Letras, 1994. CANDIDO, Antonio OS PARCEIROS DO RIO BONITO: estudo sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida 8ª Ed. – São Paulo Ed. 34, 1997. Mattedi, p. 30, 2000. Silvio Coelho

Teologia da Libertação na América Latina

Osni Valfredo Wagner Resumo Este ensaio objetiva-se resgatar os conhecimentos sobre a teologia da libertação na America Latina em seus aspectos em sua gêneses e a expansão da teologia da libertação, novas perspectivas a partir das mudanças teóricas voltadas para o ecologismo, possibilidades de retrocessos e avanços sociais no campo dos direitos sociais, frente as mudanças estruturais da sociedade e das crises da modernidade. A teologia da libertação vem se reestruturando como modelo de embasamento da fé, da vida, da política, da libertação, do povo excluído. Desvendando o saber que está oculto nas relações de dominação que o modelo da globalização imprime nos indivíduos. De toda a sociedade tornando-se como pessoas mercadorias exploradas e dominadas. O que se espera é encontrar pistas para a práxis dos povos em busca de sua libertação de maneira original valorizando seus códigos da fé e da esperança por um mundo melhor para todos. Introdução Os trabalhos ecumênicos dos anos do exílio e reabertura política da América Latina que se deu início pelo golpe militar de 1964 no Brasil e a redemocratização a partir de 1979. As ações católicas passaram a ser um dos refúgios dos movimentos populares, e da esquerda brasileira. Fé e vida são uma das abordagens que me inicio nos anos de 1984, depois veio fé e política a partir de um sínodo dos jovens veio as Pastorais da Juventude seguida pela pastoral operária, hoje se tem as pastorais sociais das igrejas. Um pouco de História da teologia da libertação, sem pretensões em substituir a igreja num todo, a teologia da libertação de maneira espontânea passou a exercer um papel importante na formação religiosa dos anos de 1980 aos anos de 2010. E parece que tem uma possibilidade em continuar sendo expressão de um novo modelo de formação sobre o conhecimento sobre religiosidade, com objetivo em libertar os excluídos, podemos dizer que a teologia da libertação conseguiu fazer sua proposta inicial. E continua sendo um referencial de conscientização dos povos oprimidos em condição de minoria social no sentido de acesso as políticas, a possibilidade em aglutinar os ameríndios, os campesinos, as mulheres, afrodescendentes e homoafetivos. Liberdade religiosa e direitos humanos
Referencia: