quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

ACESSIBILIDADE CALÇADAS

Como já fora dito neste “singelo” blog, segundo a norma técnica NBR 9050-04:

Os pisos devem ter superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer condição, que não provoque trepidação em dispositivos com rodas (cadeiras de rodas ou carrinhos de bebê)...

FONTE: http://incluase.blogspot.com/2011/04/pisos-inadequados-cartilha-de.html

Presumimos que o leitor em algum momento já tenha se deparado com este símbolo, ao transitar pela cidade!

Podemos notá-lo, “impresso”, nos transportes públicos; nos acessos aos edifícios; nas portas - principalmente dos sanitários; nos equipamentos e mobiliários urbanos; nas placas de sinalizações; nas vagas de estacionamentos e até mesmo nos automóveis! “Ufa”, por todos os lugares que percorremos nos deparamos com ele, não é mesmo?!

De fato, ele deve constar em TODOS os locais e equipamentos livres de barreiras (para um melhor entendimento ler tópico - Dimensões da Acessibilidade) e/ou reservados as pessoas com deficiências * - sejam elas físicas, sensoriais, intelectuais ou múltiplas - assim como às pessoas com mobilidade reduzida (que fazem ou não uso de aparelho para movimentação): pessoas idosas, gestantes, pessoas portando crianças no colo, pessoas de baixa estatura, convalescentes cirúrgicos, pessoas obesas, crianças. Assim, o símbolo em questão não se restringe - embora induza - apenas ao acesso de pessoas usuárias de cadeiras de rodas. Ele é abrangente: significa que o espaço, público ou privado de uso coletivo, edificado ou livre, e tudo o que nele esteja inserido seja plenamente acessível garantindo a autonomia, a segurança e o conforto aos usuários.

"Ser acessível é a condição que cumpre um ambiente, espaço ou objeto para ser utilizado por todas as pessoas. Esta condição é um direito universal, pois a referência a todas as pessoas, no plural, se associa a uma realidade essencial: a diversidade, característica dos seres humanos.” Autor não identificado.

Do mesmo modo que o símbolo de acesso é abrangente, o termo ACESSIBILIDADE também o é. A Acessibilidade não diz respeito apenas ao acesso por TODOS aos espaços urbanísticos (espaços não edificados de domínio público como as calçadas, as praças, os parques) e arquitetônicos (edificações); também diz respeito ao acesso à comunicação e à informação; às artes, à saúde, ao ensino e à formação; ao esporte, ao lazer e ao entretenimento; ao trabalho, ao transporte, aos bens de consumo; em suma: a Acessibilidade, através das ações e relações, busca oferecer as mesmas condições e oportunidades para todas as pessoas de pertencerem à cidade, de serem cidadãs “donas de si”, independentemente das diferenças.

No entanto, o que vemos pela cidade é o emprego indiscriminado do Símbolo Internacional de Acesso (SIA) e do termo ACESSÍVEL. Lugares que não estão plenamente adaptados e/ou adequados conforme as Normas Técnicas de Acessibilidade (ler tópico sobre a ABNT NBR 9050) e as Leis vigentes, adotam o símbolo! Ademais, lemos nos discursos propagados pela cidade que edifícios estão plenamente adequados (acessíveis) aos “portadores de deficiências”** quando, na verdade não estão - talvez tais práticas ocorram por desconhecimento do que seja de fato um ambiente inclusivo por quem intervém no meio!

Podemos constatar facilmente o uso inadequado, ilegítimo, do símbolo, nos sanitários de uso público, nas vagas de estacionamento, nas vias públicas e nos edifícios - tanto privados quanto públicos, como nas agências bancárias e nos ambientes escolares, sendo este último lugar onde se devem estabelecer as bases de uma sociedade inclusiva.

Desse modo, fica a questão:

Será que é sensato para a sociedade que denominem de Acessível um lugar que esteja livre, por exemplo, das chamadas barreiras arquitetônicas, mas que possua barreiras metodológicas, instrumentais ou mesmo atitudinais, sendo esta última a mais difícil de ser rompida?!

Um dos desafios dos movimentos pela inclusão*** é este: fazer com que a sociedade comece a enxergar a Acessibilidade como um todo e estando ela, a sociedade, inserida neste todo; afinal, a população do país está envelhecendo (IBGE,2000) e todos nós teremos limitações típicas da idade e podemos, a qualquer momento, sermos vítimas de acidente de trânsito (segundo Boareto, em nosso País os acidentes de trânsito deixam cerca de 120 mil pessoas com deficiências permanente/ano); podemos ser vítima da violência ou da criminalidade, sermos vítima de erros médicos e de medicamentos com efeitos colaterais desencadeadores de deficiências ou simplesmente ao longo da vida desenvolvermos patologias que nos deixem com alguma deficiência.

Além disso, podemos vivenciar limitações quando nos deparamos com um ambiente que não esteja adequado às nossas necessidades momentâneas, como por exemplo: uma grávida, tendo que vencer os degraus altíssimos de um ônibus! Com certeza necessitará de ajuda, não porque a gravidez a tornou incapaz de fazê-lo sozinha: é o meio, o ambiente (ônibus) que não está adequado as suas necessidades momentâneas. A essa circunstância damos o nome de ambiente descapacitante e as pessoas que se encontram em ambientes descapacitantes, denominamos descapacitadas. O mesmo ocorre quando uma criança tenta, em vão, utilizar um bebedouro cuja altura não lhe permite o acesso, tendo de alguém erguê-la para que consiga utilizar o equipamento; ou quando é necessário que alguém a segure para que possa fazer suas necessidades fisiológicas em um sanitário público, pois estes não possuem louças sanitárias adequadas às proporções físicas das crianças. Como podemos notar, desde muito cedo vivenciamos

limitações impostas pelo meio.

Sendo assim, a Acessibilidade está inserida na vida de todos nós e, portanto, temos que lutar por ela; exigir dos Poderes o respeito pela Constituição Federal – Lei Maior – de modo que não seja apenas uma carta impressa.

“A inclusão é uma visão, uma estrada a ser viajada, mas uma estrada sem fim, com todos os tipos de barreiras e obstáculos, alguns dos quais estão em nossas mentes e em nossos corações” Peter Mitter

Fonte: http://incluase.blogspot.com/2008/10/simbolo-internacional-de-acesso-sai.html

No dia 11 de agosto as assistentes sociais da ABLUDEF Dalva Day e Tânia Regina Moraes estiveram representando a ong na apresentação da acadêmica de ciência sociais Patrícia Sasse Morastoni, que apresentou seu TCC cujo tema: “ Participação do público atendimento na gestão das ONG`s de assistência social no município de Blumenau a partir de estudo comparativo de 2 modalidades de atendimento”, cuja trabalho foi desenvolvido na ONG ABLUDEF e na ONG São Roque /Ceij São Jorge.Patrícia desenvolveu um rico material para pesquisa futuras de novos acadêmicos. Sobre a ABLUDEF falou que a ONG se preocupa em materializar todas as ações com documentações e pela experiência na participação em vários espaços de representação, trazem um bagagem e segurança quanto a representatividade. É solicitada para assessorar sobre questões de acessibilidade. Trabalha na perspectiva de co-gestão. Os associados da ABLUDEF responderam perguntas sobre sua participação efetiva na ONG, como resposta colocaram que os pontos negativos de sua não participação foi a falta de acessibilidade “O transporte é a parte mais difícil, o sair e retornar, a acessibilidade em calçadas e faixas sem rebaixamento”. Como pontos positivos disseram que “A participação na ONG, mudou a maneira de ver a vida”. Enquanto participam de uma Ong sua vida social melhora pois favorece convívio com á sociedade e em família. Patrícia em sua leitura mostrou que a ABLUDEF cumpre o seu papel consciente do compromisso assumido e da necessidade de mediar maior participação popular. Após 3 horas de explanação de seu TCC, Patrícia Sasse Morastoni foi sabatinada pela banca e assistida pelo seu orientador Drº Marco Mattedi, após a banca reunir-se para avaliar o conteúdo do TCC, chamou a acadêmica Patrícia e convidados para anunciar a nota do mesmo. Patrícia recebeu nota 10 e estará colando grau em ciências sociais, pela Universidade Regional de Blumenau.

Fonte: http://dalvaday.blogspot.com/2010/08/2010-apresentacao-do-tcc-sobre-abludef.html

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