sábado, 7 de novembro de 2009

55-CPI da Dívida Pública

CPI da Dívida Pública Brasil deve reduzir sua dívida, diz representante do FMI O vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Murilo Portugal, destacou a necessidade de o Brasil reduzir sua dívida bruta, ampliar seu prazo de vencimento e restringir a parcela vinculada a juros prefixados (hoje em cerca de 31% da dívida) para melhorar as condições econômicas do País. Murilo Portugal participou, nesta quinta-feira 5, de audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Dívida Pública. O economista optou por usar o conceito de dívida bruta (que inclui os pagamentos com juros) para ter efeito de comparação com outros países, que também adotam essa referência. Segundo Portugal, sob essa metodologia, a dívida brasileira está em torno de 61% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto, na sua opinião, "uma dívida ótima estaria abaixo de 50% do produto". Em outra audiência da CPI, realizada no fim de outubro, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, apresentou a evolução da relação dívida líquida/PIB e afirmou que ela deu condições ao País de atravessar bem a crise financeira internacional. Augustin afirmou que, em 2003, a dívida significava 53,53% do PIB, caindo para 38,8% no fim de 2008. Murilo Portugal elogiou a composição das reservas externas brasileiras - atualmente acima dos 220 bilhões de dólares - como um dos elementos que auxiliaram o País a superar a crise financeira internacional. "As reservas ajudaram o Brasil a sair da crise de maneira mais favorável. É como um seguro, quando você precisa, é ótimo tê-lo, mas se não precisa, parece inútil", comparou. A análise coincide com estudo da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados que analisa os custos e os efeitos do aumento das reservas internacionais do Banco Central. Desde 2006, o ritmo de acumulação de divisas internacionais vem crescendo continuamente, passando de 6% do PIB, em 2005, a quase 16% em setembro de 2009, depois de passar por um breve recuo em 2008. "O elevado nível de reservas internacionais desempenhou importante papel na fase mais aguda da crise. Contudo, o alto custo dessas reservas e a expectativa de forte entrada de dólares nos próximos meses amplificam o debate sobre a conveniência de manter em curso a mesma política dos últimos anos", alerta o estudo. O deputado Ivan Valente disse que o modelo da política econômica brasileira é extremamente perversa. Afirmou que opta-se em pagar a dívida pública, juros e amortizações, mas não em investir em infraestrutura e nas áreas sociais, e que o endividamento do Brasil, ao contrário de outros países emergentes, tem como destino o pagamento da dívida. “Isto é só pra comprar a confiança do mercado internacional, o que só aumenta a dependência”. Com informações da Agência Câmara. Foto: Elton Bomfim / Agência Câmara. http://www.liderancapsol.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=945&Itemid=99

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