80-Todo poder emana do povo (artigo primeiro da constituição de 1988)

Projeto de vida ‘O jovem pode ter saído do cárcere para reinar, ou pode ter nascido pobre no seu reino (Eclesiastes 4:14). A opressão é o espetáculo mais terrível que acontece na sociedade. Quando um sistema é injusto, todos acabam tornando-se vítimas dele, a ponto de ser preferível morrer, ou até mesmo nunca ter nascido. Um sistema social baseado na competição e na concorrência produz insegurança e trabalho insano. Isso só é resolvido quando a competição dá lugar à fraternidade e partilha, possibilitando que o homem viva tranqüilo. A ganância e ambição fazem as pessoas viverem só para si mesmas. O relacionamento leva a vive melhor, pois nele se partilha dificuldades e conquistas, tristezas e alegrias. Um governo absolutizado se distancia do povo e está a caminho da ruína. Alguém do povo se torna líder e chegará ao poder, removendo a vida social. Mais tarde, porém, a mesma coisa se repetirá. No relacionamento com Deus, o importante é se dispor obedientemente a colocar em prática o projeto dele. Não adianta prometer o que de antemão não se pretende cumprir. Com Deus não se brinca: ele vai cobrar a promessa feita. Analisando sociologicamente não é só uma questão de fé a metodologia aplicada na relação projeto de vida e projeto de morte. Um onde tem a participação do povo e outro centralizado. A filosofia parte da lógica grega observa a sociedade como algo além do físico, uma meta física. É daí que vem a idéia de espírito, alma, superior, cosmos. Para designar algo divino como Deus. Lendo o texto a opressão nega a vida, a competição é desumana, a união faz a força, O vai e vem da política. E com Deus não se brinca. Não podemos brincar com a esperança do povo, sua fé e projetos de sociedade, sabemos que esse é um dos motivos que a política anda em baixa. A palavra política tem um sentido de organização, participação das coisas comuns da sociedade para o bem comum. Fonte: STORNIOLO, Ivo Tradução, introdução e notas Ivo Storniolo, Euclides Martins Balancin, Bíblia Sagrada Edição Pastoral Eclesiastes 4 p- 862 e 863, PAULUS, SP, 1991.