quarta-feira, 16 de junho de 2010

Conclat está mais para conlutas do intersindical

Enquanto isso a CUT e o PT fazem o que querem... Nota oficial da Conlutas sobre os acontecimentos dos Congressos da Conlutas e Conclat Leia abaixo a íntegra da nota oficial da Conlutas sobre o Conclat Lições da ruptura do CONCLAT e como enfrentar a situação 1 – Apesar do refluxo, CONCLAT poderia sair vitorioso O recente CONCLAT, realizado em Santos nos últimos dias 05 e 06 de junho, reuniu mais de 4 mil participantes, sendo cerca de 3 mil delegados e delegadas, com a esperança de sair dali com uma organização unificada. O sentimento dos que se dirigiram ao CONCLAT era construir uma organização de frente única da vanguarda operária e trabalhadora, mas esta tentativa fracassou ou, como mínimo, sofreu uma grave crise cuja superação apresenta-se muito complexa. Tratava-se de uma organização que seria minoritária, pois agruparia mais ou menos 3,5% da organização sindical do país, com pouca capacidade própria de mobilização, mas que, de todas as formas, seria um passo muito progressivo. Essa caracterização do CONCLAT como organização de vanguarda tem a ver, principalmente, com a situação do movimento da classe trabalhadora brasileira, que sofre certo refluxo há mais de uma década. As lutas que vem ocorrendo durante este refluxo são atomizadas, sem impacto global na conjuntura do país. É importante lembrar que nossa última greve operária nacional que incidiu sobre a conjuntura foi a dos petroleiros de 1994. Em meados de 2003, quando Lula havia assumido a presidência há apenas seis meses. Mesmo com todas as expectativas do povo e dos servidores públicos, foi deflagrada uma greve nacional com envolvimento de os setores do serviço público; inclusive, foi a partir dai que nasceram as CELUTAS - Coordenação Estadual de Lutas, e foi uma conjuntura que possibilitou o fôlego para a construção do PSOL. Mas visto o período de conjunto, embora tenham existido greves policiais y militares que ensaiaram importantes mobilizações em vários estados e, mais recentemente, os controladores de tráfego aéreo, o processo geral é sob predomínio de uma atomização. Dizemos que este refluxo é um elemento principal no quadro da conjuntura do movimento sindical brasileiro porque outros elementos também intervêm nesta realidade – elementos que vamos desenvolver mais a frente -, e também ajudam a explicar a cooptação das organizações sindicais por parte do governo, a falta de renovação das vanguardas e o acentuado modelo estatizante que adquiriu o sindicalismo brasileiro. Nessa situação de refluxo, ainda que o CONCLAT não tivesse poder próprio de mobilização, poderia converter-se, se presidido por uma política correta, num pólo de atração e de aglutinação da vanguarda e, por essa via, também num certo dinamizador das lutas dos trabalhadores e dos movimentos populares. 2 – A responsabilidade principal para que essa unidade não fosse possível foi essencialmente do PSTU e a sua política hegemonista. A realidade mostrou - especialmente na questão do nome da nova central –, que o PSTU queria somente ampliar a CONLUTAS e não dar um passo superior em direção a uma organização de frente única operária e popular da vanguarda. Essa política do PSTU já tinha se mostrado equivocada e tinha sido rejeitada na preparação de um congresso anterior da CONLUTAS, quando saíram o MTL, o MES Sindical e o MAS, com discrepâncias com respeito ao método, mas essencialmente ante a tentativa de fazer um ENLAC, uma coordenadora sindical internacional sob o signo da política do PSTU. Naquela oportunidade ficou claro que o que se procurava era uma plataforma para construir o trabalho nacional e internacional do PSTU. Agora, de outra forma, de um jeito mais complexo e contraditório – antes do CONCLAT se fez uma séria tentativa de unificação durante vários meses -, se repete a mesma história. 3 – A direção do PSTU, que é mais do que a direção sindical do CONLUTAS e sob a qual, infelizmente, estão disciplinados os dirigentes sindicais do CONLUTAS, usou e usa o lema da democracia operária para exercer a sua hegemonia e, simplesmente, tentar unicamente desenvolver a CONLUTAS. Isso é uma falsificação e, como mínimo, uma grave distorção do que é a democracia operária. Num organismo de vanguarda, as votações expressam mais as posições dos militantes dos partidos do que a opinião da base da classe. Para se ter uma idéia mais clara do que queremos dizer: todo mundo sabe que as mais de 900 assembléias prévias à constituição do CONCLAT, para eleição de delegados, foram expressão dessa vanguarda e do esforço militante para levar pessoas mais do que uma expressão genuína das bases. E se o PSTU insistiu tanto no seu lema de “democracia operária” para submeter o nome da nova central à votação no Congresso, é bom lembrar que em nenhuma dessas assembléias esse tema do nome foi colocado em discussão. É evidente que uma nova organização de frente única da vanguarda – na sua primeira fase de formação -, como toda nova organização de vanguarda, não pode surgir se não for com um consenso sobre os principais temas. E o nome resultou ser o mais importante, pois materializou a falta de um ingrediente indispensável nesta etapa de construção da central: verdadeira democracia, que deveria se expressar pela via amplos acordos nos temas mais caros. Além de quaisquer negociações em curso existentes entre CONLUTAS e INTERSINDICAL, foi evidente que na plenária um enorme setor representativo do CONCLAT, grande parte vinculado ao PSOL, se expressou ativamente, mostrando a sua inconformidade. Esse setor agiu espontaneamente, independente das direções de pelo menos uma parte importante da própria INTERSINDICAL. Não foi pouca coisa o que aconteceu. Na plenária houve uma real manifestação de um grande setor que queria a unidade, mas que percebeu que ela estava se dando sob a hegemonia e, sobretudo, sob o aparelhismo da direção do PSTU. Zé Maria, a quem reconhecemos a sua capacidade e seus esforços, cometeu o gravíssimo erro de “patrolar”, orientado e disciplinado pelo PSTU, a essa base descontente, quando deveria ter aberto um novo diálogo para superar o impasse. Havia muitas possibilidades de nomes, menos o de empurrar CONLUTAS goela abaixo de praticamente metade do plenário. Esta caracterização que sustentamos ficou explicitamente clara na segunda-feira seguinte, quando se realizou a reunião sindical internacional e se abriu uma roda de intervenções para explicar o que tinha acontecido. Um dos máximos dirigentes do PSTU e do seu trabalho internacional, o companheiro Martín, mostrou até onde o PSTU só queria ampliar a sua hegemonia. Depois do tremendo colapso, este companheiro encerrou o ponto em discussão sobre a crise do dia anterior sem nenhum elemento de diálogo. No seu lugar fez uma enfática intervenção em defesa da democracia operária em abstrato para defender a legitimidade do processo do dia anterior. E acabou perdendo todo sentido de proporção com a realidade quando afirmou que essa nova organização tinha se convertido num pólo mundial para o reagrupamento da vanguarda internacional devido à presença dos delegados internacionais. 4 – Esta crítica ao PSTU como fator fundamental da crise não pode anular a necessidade de que as correntes do PSOL façam uma análise profunda com o objetivo de tirar conclusões e tentar, no futuro próximo, agir da forma mais unitária possível, apesar da crise que vivemos no partido e que pode e deve ser superada. Há companheiros de correntes sindicais do partido que fazem uma separação estrita entre partido e trabalho sindical; defendem a autonomia sindical absoluta como um princípio, e isto é um erro. Esta é uma questão tática. Mas neste sentido é fundamental caracterizar muitíssimo bem o que de fato representa a construção da nova central, quais forças vivas do movimento ela dinamiza. Aqui a caracterização de que a nova central e o CONCLAT reuniram setores minoritários de vanguarda, sobressaídos de uma conjuntura de refluxo, faz toda a diferença na discussão. A caracterização das plenárias de base que elegeram os delegados ao CONCLAT é fundamental. Foram plenárias, na sua amplíssima maioria, que dependeram de forte esforço subjetivo. A dinâmica política central foi dada por orientações partidárias, e o partido que reuniu mais capacidade organizativa na tarefa foi o PSTU. Não foi incorreto este esforço do PSTU, incorreto foi eles jogarem este esforço materializado em força quantitativa numérica para patrolar as outras forças políticas, partidárias ou não, nos fóruns do CONCLAT. Corretamente, e especialmente pelas iniciativas das correntes Enlace e CSOL, o PSOL levou à discussão na plenária do CONCLAT a questão da Frente de Esquerda com Plínio como candidato a presidente. Essa política foi correta porque se havia unidade sindical da vanguarda, por que então não haveria no terreno político partidário? A resposta negativa do PSTU mostrou mais uma vez até que ponto e que em todos os terrenos esse partido, com a sua lógica auto-proclamatória, prioriza a disputa com o PSOL e não a construção de uma frente única. Coerentes com sua lógica, o PSTU utilizou as contradições reais que temos para dizer diretamente que o PSOL está rachado e que fracassou como projeto. E deram um sinal claro da sua política anti-unitária quando lançaram seu máximo dirigente sindical, que seria um dos máximos dirigentes da nova central, como candidato a presidente da República. Isso ficou mais claro ainda quando eles usaram a tribuna do CONCLAT para fazer o ato de lançamento de Zé Maria. Ou seja, a independência entre o sindical e o partidário, quando se trata de uma conjuntura em que se movimentam fundamentalmente setores de vanguarda, é algo impossível. A vida política tem mostrado, salvo raras exceções, que nas fases em que existe uma maior fragmentação dos trabalhadores, não há organizações sindicais dos trabalhadores independentes de partidos. A exceção grega da qual falou claramente Sotiris Martalis no ato que fizemos durante o CONCLAT, é o resultado de uma frente única de massas pela base para pressionar as direções e porque existem organismos de base reais dos trabalhadores. b) O CONCLAT poderia ter sido um ponto de maior unidade do partido e corresponderia à Direção Executiva cumprir esse papel. Da nossa parte, com nossas limitações, contribuímos trazendo os melhores representantes internacionais contra a pobreza do PSTU-LIT e das bobagens que falou o dirigente do PSTU, Martín Hernandez, de que eles eram um grande pólo mundial. Mas faltou presença do PSOL enquanto partido: sem banca adequada, sem bandeiras, sem expressão política. E isso também explica a ausência de Plínio no evento, porque a direção do PSOL não construiu as condições para uma grande aparição do partido. Mas isso não foi o único problema. Correspondia à direção fazer um esforço para tentar alcançar a maior articulação possível das correntes sindicais partidárias. 5 – O que vem pela frente? Pode ser correto tentar recompor com a Conlutas a situação depois da tremenda crise? Há correntes do partido que trabalham nessa direção. É um assunto para se discutir, mas todos os caminhos passam por articular e ampliar o campo que se colocou radicalmente contra o hegemonismo do PSTU. Seria um desastre ainda maior para a futura central sindical - e para o PSOL, como parte real da reorganização da esquerda socialista brasileira, – que a partir de agora as correntes que romperam com o hegemonismo do PSTU não atuem de forma unitária, se não se priorize a frente única entre as mesmas. Não só no universo do que venha a ser a nova central, mas também no cotidiano do movimento sindical e popular, se não se abandona no setor da Previdência a política de confronto com o nosso maior sindicato. É preciso ampliar este campo trazendo o MTL e o MTST, que neste processo do CONCLAT, cada um a seu modo, tiveram apreciações distintas do desenrolar dos fatos e acabaram por legitimar a postura equivocada do PSTU/Conlutas, mas que ao mesmo tempo são partes fundamentais na construção desta nova ferramenta e para os debates sobre os melhores e mais seguros caminhos a serem trilhados após os retrocessos do CONCLAT. Neste processo, portanto, faz-se necessário um esforço entre aqueles que estamos no PSOL e militamos no ambiente sindical e popular, para que consigamos encontrar pontos comuns de aqui para frente. Coordenação Nacional do MES Pedro Fuentes Secretaria de Relações Internacionais PSOLtelefones: 0055 (11) 2495-2367 - 0055 (61) 9177-2367 -0055 (11) 6639-5487 skype: pedromovimientowww.internacionalpsol.wordpress.com • O Conclat – Congresso Nacional da Classe Trabalhadora – aglutinou 4.000 participantes, dos quais 3.180 delegados/as, com uma representação de base dos sindicatos de cerca de 3 milhões de trabalhadores/as. A Conlutas era a organização com maior representatividade. Nosso Congresso contou com 1.800 delegados/as. O que era para ser uma grande vitória do processo de reorganização, infelizmente, se transformou numa derrota, pela decisão do bloco Intersindical/Unidos/MAS de se retirar do Congresso depois de perder a votação do nome da nova entidade. Toda a programação do Congresso foi garantida: do ato político de abertura, passando pela defesa das teses em plenário, trabalhos em grupo até a plenária final de votação das resoluções. O Congresso deliberou sobre os principais temas em discussão: Conjuntura e plano de ação, caráter, composição e funcionamento da Central. A última votação importante, antes da eleição da Secretaria Executiva, era a definição do nome da nova central. Após um intenso debate acerca das propostas apresentadas, sagrou-se vencedora a proposta do nome da nova central ser “Conlutas/Intersindical – Central Sindical e Popular” apresentada pelo MTL e defendida pela Conlutas. Na votação, essa proposta obteve cerca de 2/3 dos votos. O resultado foi acatado publicamente pelos demais setores. Tudo isso está filmado e estará disponível nos próximos dias na internet. No entanto, depois desta votação, a Intersindical decidiu abandonar o Congresso, no que foi seguida pelas delegações do MAS – Movimento Avançando Sindical – e pelo agrupamento “Unidos Pra Lutar”. Uma prática inaceitável - O Conclat só foi convocado porque a Intersindical e demais setores envolvidos no debate da reorganização concordaram em chamar um CONGRESSO DELIBERATIVO, que decidisse pelo voto dos delegados/as as polêmicas que não se resolvessem entre as organizações envolvidas no processo. Essa decisão foi tomada, por unanimidade, no Seminário Nacional realizado em novembro de 2009, na Quadra dos Bancários, em São Paulo. Sem essa condição não seria possível chamar o Congresso, pois polêmicas tão ou mais importantes que a do nome ainda estavam pendentes, tais como o caráter e a composição da Central, o formato e funcionamento da direção. Durante todo o período anterior, a Comissão pela Reorganização/Coordenação pró Central funcionou tendo por base o acordo político. Esgotada essa fase, de acúmulo nos debates e conhecimentos das distintas opiniões, convocou-se o Congresso para que a base decidisse tudo o que não foi possível resolver por consenso. A ruptura do Congresso pelo bloco Intersindical/Unidos/MAS, então, só se explica porque esses setores não aceitam que a base decida as polêmicas que as direções não foram capazes de resolver, e querem impor, por acordo entre as correntes, as suas posições por sobre o que a base decide. Isso evidentemente seria um retrocesso inaceitável. Nenhuma entidade que sirva à luta dos trabalhadores funciona em base a esse critério, pois, desta forma, nossa Central deixará de ser um instrumento de aglutinação e de luta dos trabalhadores/as e passará a ser um fórum de discussão permanente entre dirigentes, sem serventia para a luta e a defesa dos trabalhadores/as. Entendemos que todos os esforços devem ser feitos para que os/as companheiros/as do bloco Intersindical/Unidos/MAS revejam suas posições e se incorporem à nova central criada no Conclat. Esforços podem e devem ser feitos para aparar as arestas e diferenças menores. No entanto, o respeito à democracia operária deve presidir o funcionamento da entidade e a relação entre os setores envolvidos. É inconcebível que a cada vez em que se encontrem em minoria num debate os dirigentes se levantem, se retirem das discussões, ou simplesmente abandonem a organização. Nenhuma organização séria, para a luta dos trabalhadores, poderia ser construída em base a este critério. O Congresso se restabeleceu com a maioria ainda presente e concluiu o processo de constituição da nova Central, elegendo uma Secretaria Executiva Provisória, conformada praticamente por consenso, para encaminhar as resoluções aprovadas no Congresso. A Secretaria (conformada por representantes de diversas entidades como a Conlutas, MTL, MTST, dentre outros) se reunirá nos próximos dias e certamente adotará resoluções buscando restabelecer a unidade e o respeito às decisões coletivas tomadas no Congresso, bem como tomará em suas mãos o encaminhamento do plano de lutas aprovado e a organização da nova Central fundada no Conclat. São Paulo, 8 de junho de 2010. Coordenação Nacional de Lutas [ 9/6/2010 13:48:00 ] http://www.pstu.org.br/ strong>07/06 Nota da Intersindical sobre o Conclat dos dias 5 e 6 de junho de 2010 em Santos 1- A Intersindical saúda todas as entidades sindicais e movimentos populares que se empenharam em construir o CONCLAT, fazendo inúmeras assembléias com os trabalhadores e trabalhadoras, elegendo delegados e delegadas, fazendo um esforço político e financeiro para a viabilização do Congresso da Classe Trabalhadora – Conclat, na perspectiva de construir um instrumento de luta, uma central, para organizar e dar voz a todos os lutadores e lutadoras, para organizar e aprofundar o combate ao Capital e aos governos neoliberais. 2- Infelizmente, o que não desejávamos aconteceu ! Tivemos que interromper o processo de fundação da central. O debate sobre a construção da nova Central (natureza, política e nome) revelou a mais absoluta falta de vontade, por parte da maioria da CONLUTAS, em construir uma síntese de opiniões divergentes, optando pelo método, a partir de uma maioria numérica (pequena e eventual) de delegados e delegadas no congresso, de querer impor uma única visão. 3- O setor majoritário, Conlutas, de forma intransigente, impôs uma limitação ao riquíssimo processo de unidade, que culminou, simbolicamente, no debate de nome. A Intersindical e diversos setores sempre deixaram explícito que era preciso construir o NOVO, que não aceitávamos a a simples junção de nomes, que era necessário um nome que expressasse uma concepção política classista e independente dos trabalhadores e trabalhadoras; e que neste processo de complexo de construção da unidade, o método deveria ser o da construção coletiva, sem exclusão e sem preponderância de qualquer setor. 4- Para nós, e para maioria dos lutadores e lutadoras presentes no Conclat, qualquer nome defendido pelas organizações convocantes, seria absolutamente aceito por todos os delegados e delegadas do congresso, exceto um que significa-se a justaposição de apenas duas experiências que, apesar de importantes, têm limitações e que por isso mesmo se esforçaram com outros setores para realizar este congresso e construir a unidade. A construção desta unidade é mais que apenas um ajuntamento de parte das organizações que estão envolvidas hoje. 5- Para nós da Intersindical o processo de formação da Central está em curso. Os impasses que perduram, dizem respeito à concepção de central e de democracia operária e culminou na tentativa de imposição por parte do setor majoritário em aprovar como nome da central “Conlutas-Intersindical”, mesmo com a nossa desautorização, expressa em plenário, sobre a utilização do nome da Intersindical na proposta. 6- Reiteramos nossa disposição em construir um instrumento de luta unitário dos/das militantes combativos/combativas que defendem a superação do capitalismo, mas reafirmamos também que não aceitaremos o método da imposição que se expressou no debate sobre o nome Conlutas-Intersindical não possibilitando a unidade e desrespeitando a caminhada e o esforço coletivo de todos os setores presentes nesta construção. Muito menos condiz com a idéia de uma Central que faz uma síntese da rica experiência do processo de reorganização do movimento sindical e popular dos últimos anos e que se abre para incorporar o máximo possível da nossa classe na luta contra a exploração. 7- Nos orgulhamos muito em saber que todos os setores que participaram do Conclat seguem juntos na luta, contra a repressão aos movimentos sociais, contra a retirada de direitos, pelo fim da exploração capitalista e contra os governos que aplicam estas políticas. Conclamamos que cada setor se esforce para superarmos os impasses e concretizar uma organização comum que anime e organize e luta dos trabalhadores e trabalhadoras para que estes possam dar sua contribuição, rumo a construção do socialismo. Coordenação Nacional da Intersindical http://www.psolsc.org.br/noticias/nota-da-intersindical-sobre-o-conclat-dos-dias-5-e-6-de-junho-de-2010-em-santos.html#more-1312 18/06 Contribuição para congresso estadual Romper com o velho – Vai dar início a um novo sindicalismo Construir um novo sindicalismo, sim uma nova instituição autônoma e independente do aparelhamento estatal e partidário e a cooptações. Que represente a Classe Trabalhadora; Romper com qualquer tipo de aparelhamento que empeça a resistência dos trabalhadores. Construir uma unidade da classe trabalhadora acumulando forças suficientes para obter vitórias. O novo sindicalismo devera cumprir o papel de vanguarda do processo de reorganização na unidade dos trabalhadores do Brasil. Precisamos rechaçar fortemente o sindicalismo pelego da CUT, querem impor à classe trabalhadora não temos mais que legitimar essa central que se transformou numa correia de transmissão dos interesses do Estado e dos patrões. Trata-se da necessidade urgente lutar para DESFILIAR o maior número de sindicatos dando um recado firme e contundente aos de cima que os a classe dos trabalhadores não se renderam. O histórico de traição da CUT nos seus últimos 15 anos não é nada animador e com o governo Lula simplesmente a máscara caiu e hoje diversos sindicatos do setor público e privado já se desfilaram dessa central e buscam construir uma alternativa. O rechaço em massa a CUT surge exatamente no momento em que ela apóia a reforma da previdência de Lula, que retirou direitos na aposentadoria dos trabalhadores em 2003. Mas os sinais de insatisfação já se gestavam há muito tempo, desde meados da década de 90 quando essa central se alinha ao sindicalismo gangsterista dos EUA ao se filiar a CIOLS.. Ainda quando desde lá substitui a luta sindical clássica, o chão da fábrica, da escola e das ruas pelas gravatas e ternos nas câmaras setoriais, mesas tripartites, conciliando direitos históricos com os patrões e o Estado. Mais recentemente essa central demonstra seu inequívoco processo histórico de degeneração. Em plena crise capitalista, que quer devorar os direitos da nossa classe, a CUT de cima para baixo concilia para salvar os empresários e banqueiros. A revelia de todos, assina redução de salários que não é senão outra coisa que assinar o desemprego (já que cair nas chantagens da redução para não perder o emprego é a maior mentira, pois reduzem o salário hoje, aplicam férias coletivas amanhã e começam a despedir o trabalhador no dia seguinte na sua própria casa). Ainda é partícipe na legitimação desse governo que cortou verbas públicas e quer congelar os salários dos servidores públicos para manter o superávit primário, retirando da educação, saúde, moradia para “emprestar” dinheiro ao FMI e salvar essa instituição, compromisso esse assumido por Lula na reunião do G-20 em Londres no mês de março desse ano. No mais dos absurdos cinismos, Lula saiu se gabando que iria entrar para história devido tal feito. O presidente dos EUA, em tom de ironia e deboche, chegou a dizer que Lula “é o cara!”, para não dizer explicitamente ao mundo inteiro: “bom trabalho meu servo”. “Na Conjuntura Internacional o imperialismo amortece sua ‘guerra’ a partir a atuação de Obama, ‘terceira via” estadunidense amaciando as relações internacionais; desgastadas pelos seus antecessores. Hora Obama diz que vai tirar as tropas do Iraque em 2010, depois de um mês diz Obama que vai tirar em 2011. Obama vai protelando e sempre com respostas bem pensadas para manipular a opinião pública A retórica persuasiva de Obama é rapidamente copiada por toda a nova ordem é per suavizar, fazer com que todos acreditem que a crise é algo a ser atacado e que a solução é ajudar as corporações. O estilo de cada representante nacional de persuadir é incorporado ao sistema e serve de equilíbrio para avançar na exploração e dominação. Às direitas cooptam os esquerdistas absolvem como esponjas o discurso e tem coragem de dizer que as ‘mudanças’ de Obama é socialismo de ricos. Salva de forma ‘objetiva’ os ricos de maneira egoística e acumulando o capital nas mãos de poucos. O autor James Peter um Marxista americano convicto analisa a América latina e diz sobre os anos 70 que as esquerdas se perdem no poder, ainda não superamos essa máxima é nosso desafio, romper com o clientelismo, o patrimonialismo, a inautenticidade apontada pó Roberto Da Matta, as nossas raízes ibéricas. De fato Lula vai entrar para história como um dos presidentes mais picareta que já tivemos, pois é difícil imaginar que um trabalhador, líder sindical, poderia ir tão longe à subserviência aos poderosos, empurrando seu povo e sua classe para os níveis mais miseráveis do desemprego, dos baixos salários, para salvar banqueiros e empresários. Mas é nesta mesma história que caberá também algumas “notas de roda pé” à CUT, que por ter se tornado um aparelho do PT assumiu seu compromisso inabalável com o governo “vende-pátria” de Lula. Sua missão é neutralizar o poder de resistência da classe trabalhadora através do sindicalismo de cúpula e de conciliação. Para a CUT restará os rodas-pé ou algum anexo da história, pois a classe trabalhadora saberá reagir. A partir desse congresso devemos anunciar a todos os setores que já romperam com a CUT e a classe em geral, que se soma nessa árdua luta pela reorganização do movimento sindical e estamos dispostos a enfrentar unitariamente nossos inimigos através de um sindicalismo combativo, de classe, independente e autônomo do Estado, governos e partidos. Tudo aquilo que a CUT não representa mais. Rumo à nova central Preciso que comecemos aqui no Brasil a unir forças entre todos os setores da classe trabalhadora para que comecemos a organizar o povo brasileiro para um projeto alternativo de sociedade. Imediatamente precisamos reconstruir uma nova central de trabalhadores para levar a cabo e sem conciliações a luta de classes no núcleo central do capitalismo que é o mundo das relações entre capital e trabalho. Não podemos abrir mão dessa central classista que organize o mundo do trabalho, substituindo-a por outros instrumentos populares, por mais importantes que estes sejam, pois não podemos abrir mão da centralidade do trabalho. É necessário, portanto, que ocorra um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora para dar início a este processo. Caberão a esse novo sindicalismo de trabalhadores, pari passu a sua reconstrução, todos os esforços de unidade com os diversos setores populares do campo e da cidade (Tese apresentada pelo MAS no SINTE –SC 11 a 13 de junho de 2009). Privatização Local Precisa estar atentos às privatizações locais principalmente as do PPP’s em Blumenau – SC podem observar o envio de 40 milhões do Governo Federal para o Município, no qual mesmo em tempo de crise sócio ambiental ‘catástrofe’ das águas de novembro foi aprovada a revelia a privatização do esgoto local pela câmara de vereadores de Blumenau. A municipalização da educação vem com essa lógica do lucro, este ano de 2009 será feito algo imaginário em santa Catarina, abandonadas por Tatcher na Inglaterra. Às direitas estão avançando cada vez mais na esfera global com as mídias, nacionais e locais. Quem poderia imaginar que a CUT fosse chegar um dia e estivesse a serviço dos interesses das classes dominantes. As demandas da classe operária mundial e em especial a brasileira a defesa do salário mínimo calculado pelo DIEESE. Com um estado forte em todas as esferas garantindo os direitos sociais como saúde, educação, habitação e transporte de qualidade. Só será possível com o fim do pagamento da dívida externa e uma auditoria dessa dívida do Brasil. Pensar em garantir empregos é com redução de jornada e nesse mesmo viés é o aumento do uso de tecnologias automatizadas o robô precisamos garantir renda e cada empresa que desemprega deve ser responsabilizada a indenizar esse trabalhador dispensado. Ampliação do seguro desemprego como maneira de manter as pessoas vivas e contribuir ao mercado interno de nossa economia. Aumentar o investimento em educação 10% do PIB com escolas públicas (estatal) e garantir a gestão democrática. Construir o respeito à diversidade, a pluralidade de idéias no partido na defesa dos caminhos que a classe trabalhadora deve trilhar para se libertar das amaras do sistema capitalista. Educação nova é romper com o velho A partir do desafio e do propósito se abre o debate dos papéis sociais que se constrói a partir do sistema e ou modelo de sociedade que se reproduz. A transformação que se propõe com os conceitos novos tem origem em lutas do século XVIII, princípios como o de igualdade, a liberdade e respeito. São necessários para um bom convívio na Escola e em qualquer outro espaço e grupos da sociedade em que vivemos no dia a dia. As mudanças na sociedade são lentas, a Escola deve acompanhar como alavancas em quebrar os paradigmas que impedem a construção da nova sociedade. Precisamos ter clareza que os modos de produção determinam as relações, podemos na Escola criar condições privilegiadas como laboratório de participação dos indivíduos com os educandos produzir novos modelos de educação. A luta para transformação da sociedade passa pela escola, as ideologias dominantes serem desmistificadas e as idéias de libertação passam a ser fórum emergente na sociedade nova que se almeja. Ainda são poucos os avanços nos números de pessoas que já estão cada vez mais dividindo as tarefas de casa, mas esse fato por si só não transforma toda a sociedade, é uma avanço. Esse fato favorável não implica em mudar toda a sociedade, evidenciar o que seguramente é uma solução aos avanços da sociedade. Talvez o sistema capitalista não seja superado, por outro lado o sistema incorpore os conceitos assim como fez com os movimentos de 1968. E o que se faz a cada novidade da sociedade. Pode ser que tenhamos mudanças mais profundas em toda a sociedade, pode ser que tenhamos um modelo de sociedade participativa e coletiva libertária e podemos chamar até de socialismo. Revolucionar é preciso! Quem sabe para onde vamos os novos propósitos das políticas sociais, a principio acredito que possamos fazer transformações úteis e necessárias para construir um futuro melhor a partir de um presente novo. Osní Valfredo Wagner http://www.psolsc.org.br/noticias/outras-noticias/contribuicao-para-congresso-estadual.html

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