sexta-feira, 11 de junho de 2010

No limite da Tragédia - Fidel Castro

América Latina 9 de Junho de 2010 - 9h16 Fidel Castro: No limiar da tragédia Desde o dia 26 de março, nem Obama nem o Presidente da Coreia do Sul têm podido explicar o que realmente aconteceu com o navio insígnia da Marinha de Guerra sul-coreana - o moderníssimo caça-submarino Cheonan, que participava de uma manobra com a Armada dos Estados Unidos ao oeste da Península da Coreia, próximo aos limites das duas Repúblicas -, deixando 46 mortos e dezenas de feridos. Por Fidel Castro, em Portal Cuba O embaraçoso para o império é que seu aliado conheça, de fontes fidedignas, que o navio foi afundado pelos Estados Unidos. Não existe maneira de eludir esse fato que os acompanhará como uma sombra. Em outra parte do mundo, as circunstâncias se ajustam igualmente a fatos muito mais perigosos que os do Leste da Ásia e que não podem deixar de acontecer sem que a superpotência imperial consiga formas de evitá-los. Israel não se absteria de ativar e usar, com total independência, o considerável poder nuclear criado nesse país pelos Estados Unidos. Pensar de outra maneira é ignorar a realidade. Outro assunto muito grave é que as Nações Unidas tampouco têm alguma maneira de mudar o curso dos acontecimentos e muito em breve os ultra-reacionários que governam Israel se chocarão com a indomável resistência do Irã, uma nação de mais de 70 milhões de habitantes e de conhecidas tradições religiosas que não aceitará as ameaças insolentes de nenhum adversário. Em duas palavras: o Irã não cederá perante as ameaças de Israel. Os habitantes do mundo, logicamente, desfrutam cada vez mais dos grandes acontecimentos esportivos, aqueles relacionados com o divertimento, a cultura e outros que ocupam seus limitados espaços de lazer, no meio dos deveres que lhes ocupam grande parte de seu tempo dedicado aos afazeres cotidianos. Nos próximos dias, o Campeonato Mundial de Futebol que acontecerá na África do Sul lhes arrebatará todas as horas livres de seu tempo. Com crescente emoção, acompanharão as vicissitudes das personagens mais conhecidas. Observarão cada passo de Maradona e não deixarão de lembrar o instante do espetacular gol que decidiu a vitória da Argentina num dos clássicos. Novamente outro argentino vem surgindo espetacularmente, de estatura baixa, mas veloz, que aparece como raio e, com as pernas ou a cabeça, dispara a bola à velocidade insólita. Seu sobrenome: Messi, de origem italiana, já é bem conhecido e mencionado por todos os fanáticos. A imaginação deles é levada até o delírio quando chegam as imagens dos numerosos estádios onde ocorrerão as competições. Os projetistas e arquitetos criaram obras jamais sonhadas pelo público. Aos governos que sempre estão reunidos para cumprir as obrigações que a nova época impôs sobre seus ombros, o tempo é curto para conhecerem a imensa quantidade de notícias que a televisão, o rádio e a imprensa escrita divulgam constantemente. Quase tudo depende exclusivamente da informação que recebem dos seus assessores. Alguns dos mais poderosos e importantes Chefes de Estado, que tomam as decisões fundamentais, costumam usar os telefones celulares para se comunicar diariamente entre eles várias vezes. Um número crescente de milhões de pessoas no mundo vive apegado a esses pequenos aparelhos sem que ninguém saiba qual o efeito que terão na saúde humana. Dilui-se a inveja que deveríamos sentir por não ter desfrutado dessas possibilidades em nossa época, que se afasta pela sua vez velozmente em muito poucos anos e quase sem dar-nos conta. Ontem, em meio à voragem, foi publicado que possivelmente hoje Conselho da Segurança das Nações Unidas poderia votar uma resolução pendente para decidir se é imposta uma quarta rodada de sanções ao Irā, por negar-se a parar o enriquecimento do urânio. O irônico desta situação é que se fosse Israel, os Estados Unidos da América e seus aliados mais próximos diriam logo que Israel não assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear e vetariam a resolução. No entanto, se o Irã é acusado simplesmente de produzir urânio enriquecido até 20%, é solicitada imediatamente a aplicação de sanções econômicas para asfixiá-lo e é óbvio que Israel atuaria como sempre, com fanatismo fascista, igual como fizeram com os soldados das tropas de elite lançados de helicópteros, em horas da madrugada, sobre os que viajavam na flotilha solidária, que transportava alimentos para a população sitiada em Gaza, matando várias pessoas e ferindo dezenas que foram depois presas juntamente com os tripulantes das embarcações. Logicamente tentarão destruir as instalações onde o Irã enriquece uma parte do urânio que produz. Também é lógico que o Irã não se conformará com esse tratamento desigual. As conseqüências dos enredos imperiais dos Estados Unidos poderiam ser catastróficas e afetariam a todos os habitantes do planeta, ainda mais do que todas as crises econômicas juntas. Fidel Castro 8 de Junho de 2010 Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=131031&id_secao=7 Comentários: Lucidez Inconstestável 10/06/2010 14h12 Para aqueles que acham que Fidel já morreu, aí está a prova de um homem com uma lucidez incontestável e com conhecimento de sobra a respeito do que fala. Pouco tem aberto a boca mais quando abre é para dar ao mundo um artigo como esse visto acima. Viva Fidel! Carmen Costa Belém - PA Palavras de quem conhece 10/06/2010 12h41 Nesta reflexão, Fidel forneceu-nos provas cabais de que até agora Barack Obama não conseguiu conter a queda do império norte americano, aliás, questão que no fundo,se constitui o pricipal desfio do seu governo.Fidel, nunca foi e acredito que nunca será, um homem de visão catastrófica ou fatalista.O balizamento que ora nos apresenta, não é fruto de isnpiração da política internacional praticada por Cuba. É,sim,uma sintese de quem conhece, como poucos, as leis econômicas fundamentais que rege o sistema capitalista. E a par disso, consegue interprtar com precisão o conteúdo da política que se imprime para tentar conter a referida queda. Finalizo, dizendo que sei que Cuba é fonte de esperança para todos os que lutam para a consecução de um novo Sistema Social, mas também, acabei descobrindo que se constitui num excelente observatório de verificação das mazelas feito pelo capitalismo em sua fase imperial mundo afora. Helifax Pinto de Souza Cabreúva - SP Lucidez e sabedoria 10/06/2010 9h38 Fantástico o texto do comandante. Sem usar uma palavra embolorada sequer, Fidel Castro resume a conjuntura mundial em poucas linhas e mostra que sabe o que está falando, ao referir-se à altivez do povo persa e à estupidez de norte-americanos e israelenses. Heitor Rodrigues Rio de Janeiro - RJ a onu maldita 09/06/2010 17h35 a onu maldita e inutil, ainda tem gente que acredita que essa onu que nao serve para nada vai resolver algum problema na face da terra. ela , o israel outros malditos , estao a serviço dos malditos americanos , mas uma hora ou outra eles vao achar o deles,a se vai, o vietna nao derrotou os desgraçados dos eua. agora o israel sozinho , o que vai acontecer é que ele vai se arrebentar numa dessas , e deus ajude que isso aconteça aos dois. mineiro belo horizonte - MG Guerra 09/06/2010 13h52 Acabei de reler "a arte da guerra" de Tzu. Nada mais atual e aplicável. Interessante. Abraços. Antonio Gomes Teles Goiania - GO A CAMARILHA DE OLIGARCAS E MAFIOSOS 09/06/2010 13h45 A hidra fascista---Uncle Sam(EUA)e seu aliado judeu(Israel)têm se movimentado com mais facilidade por conta da política de traição da China e Rússia. Não fora isso, teriam de maneirar suas investidas imperialistas contra os povos pacíficos do mundo. Cabe à classe trabalhadora e aos verdadeiros comunistas e patriotas dos dois países varrer,antes que seja tarde demais, a camarilha de traidores, de oligarcas e mafiosos encarapitados nos respectivos governos. Giovanni G. Vieira Rio de Janeiro - RJ Coitado do Irã 09/06/2010 13h14 Creio que o exército de Israel pode sozinho acabar com Irã. Renato Reis Contagem - MG Brilhante. Faltou citar o Brasil 09/06/2010 13h11 Mais um belo artigo. Faltou, porém, citar a maior de todas, a Seleção Brasileira; e quem sabe Robinho! Gutemberg Mendes Tavares Guarulhos - SP Quem nos garante...!? 09/06/2010 11h23 Quem nos garante que durante a Copa de Futebol, quando toda a midia estará voltada para tão grande evento,nao haja um ataque de surpresa por Israel contra o Irã!? Um contra-ataque seria legitimo e justo.Mas não é tão simples assim.Israel nao se contentará, bem como os USA de só destruir as usinas nucleares iranianas. Irão bem mais além.Mas o Irã tem hoje uma capaciade militar bem superior ao Iraque a epoca da invasão americana.Pode muito fazer uma retaliaçao nunca vista por Israel.Israel arriscará!? Aguardemos os fatos.QUEM VIVER VERÁ... Tadeu Colares Recife - PE Fidel Castro 09/06/2010 11h08 Aí esta a lucidez de uma pessoa que vivenciou uma guerra contra o mal. Suas palavras são de sabedoria e ele nos alerta para possiveis e inimaginaveis confrontos mundiais que se aproximam. Sabe-se que a besta de sete cabeças esta irada e ela não quer perder o poder conquistado com muitas guerras e mortes, para a china. Os EUA farão de tudo ao seu alcance para não perder o dominio conquistado e arquitetado após a segunda guerra mundial, muito do que aconteceu no mundo passou pelas pranchetas mirabolantes dos fascistas ianques, desde guerras, massacres, golpes de estado e manipulações jornalisticas para se manter no poder. Que Deus nos proteja do demonio, pois nesses ultimos dias sua ira será enorme e atingira todos os povos. Fernando Gonzales Porto Alegre - RS O camarada Fidel tem razão, mas tem um limite. Os países representantes do 'socialismo real, socialismo periférico ou socialismo moreno' por mais que seja um avanço, não dá conta em resolver efetivamente os problemas sociais. As ditaduras de capitalismos estatais com cara de socialismos precisam ser apresentadas como semelhantes ao irmão mais velho EUA. Sistemas autoritários, em impor modelo econômico, cada um dão migalhas aos seus povos conforme suas condições e serem idolatrados como nações em nome da liberdade democrática ou de criticar. Centralismos estatais ou privados todos são imagens de suas próprias sombras. A luta por um socialismo internacionalista é emergente no século XXI, a partir da consciência dos trabalhadores e excluído dos sistemas. Construir um modelo de sociedade justo, equidade e livre. O socialismo morreu¿ Viva o socialismo!

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